DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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terça-feira, 31 de agosto de 2010

TRÊS IMPROVISOS

DORES DE SETEMBROInventei de jogar bolaPergunta se eu aqueci?Meu tênis saltou foraE o pé direito eu torciEntão eu fui emboraFazer poema do que viE a dor de outroraLevo comigo até aquiMaldito setembroBasta esquentarQue eu então lembroQue não vou mais jogarE aí novembro, e dezembroRestou-me então o poetarDecimar Biagini



O Céu Está Tão DiferenteUma pena que a lua se foiTão cheia de más intençõesAgora chega a minguanteA murchar minhas projeçõesNo fim, não fui na academiaA inscrição depende da luaDesculpa preguiçosa, tu diriasMas leitor, a culpa também é tuaSe eu não ficasse neste ofícioCom o olhar apontado para o céuA observar a poesia sem artifícioAtendendo motes atirados ao léuCom certeza eu faria exercícioNão tendo que comer a fuzéuEm forma incauta e em vícioDe fronte ao teclado com pote de melDecimar Biagini



A VIDA BATEO tempo não páraO que os pais não ensinamA vida bate na caraEnquanto os poetas alucinamO pescador corta taquaraEnquanto os políticos esgrimamO leitor sem novela se deparaDecimar Biagini

ERROS E ACERTOS

Você deseja o mesmoNo entanto é difícilEncontrar-se a esmoNos fogos de artifícioQuando o ano virouPensei tanto nissoNo que a gente passouDepois veio o outonoE o inverno nos esfriouEu sei que não sou seu donoMas o amor a recuperouAgora estou aquiEsperando a primaveraPara lhe ver sorrirEm uma nova quimeraDecimar Biagini

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

ERROS E ACERTOS

Você deseja o mesmo
No entanto é difícil
Encontrar-se a esmo
Nos fogos de artifício
Quando o ano virou
Pensei tanto nisso
No que a gente passou
Depois veio o outono
E o inverno nos esfriou
Eu sei que não sou seu dono
Mas o amor a recuperou
Agora estou aqui
Esperando a primavera
Para lhe ver sorrir
Em uma nova quimera

Decimar Biagini

O poeta e o teclado

Nessas linhas bilaterais

Que tanto eu falo

Nesta arte de magistrais

Que por vezes calo

Como já me expressei

Sou poeta do improviso

Se é talento não sei

Mas prefiro o teclado liso

Tanto progrido como regrido

Depende do momento e razão

Ora sai gemido, ora sai canção

Decimar Biagini

A CASA E A HARMONIA

Acima de mim está o teto
Abaixo de mim está o chão
Na casa, foi Deus, o Arquiteto
Responsável pela decoração

Abro a porta, o pátio já limpo
Com o sol a raiar por completo
Lá na horta, falam seu dialeto
Bem-te-vis e um canário lindo

Contemplo então o horizonte
Após abrir as janelas d”alma
E lembro, do que foi o ontem

A casa a sorrir com tanta calma
Relatada pela vivência comovente
Da transcendência de seu residente

Decimar Biagini

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O ACASO TORNOU-ME POETA

Cada palavra me ficou gravada
Nesta intentona poética adaptada
Se livrar da quentura alinhavada
Na temporona poesia comentada

Conhecedor e impotente na estrada
Percorri trilhas que me aprisionavam
Meu esplendor imponente é nada
Perto do leitor competente na palavra

Vou dormir quantos dias até acordar?
E encarar como normal este pavor
A abastecer as ironias de meu trilhar

A olhar envolta, chorando sem ter dor
Um enlouquecer de bruxas ao luar
Cujo voar em vassouras não teve tutor

Decimar Biagini

PARTICIPAÇÃO EM CONCURSO


domingo, 22 de agosto de 2010

O POETA E O LEITOR

Nada se interpõe entre o poeta
e o destino superado pela obra
Nada se sobrepõe ao hermeneuta
que alinha alegrado à manobra

O poeta faz a lida virar fato
em forma e conteúdo no entremeio
inventivo, narrativo ou abstrato
Convida o leitor para um passeio

No trajeto infindável de sua metas
e delineia de instável à normal
o objeto maleável da obra aberta

Por sua vez, o leitor se é atento
Remexe, vira, põe e tira o sal
e colabora com cinquenta porcento.

Decimar Biagini e Wasil Sacharuk

A VENDA DA OBERTA

O ruído da chuva aumentava
Enquanto a porta era aberta
Por um homem de nuca calva
Levando torta à velha Oberta
...................................................
Uma jovem polaca se lamentava
Molhando o carteado de truco
Como nuvem opaca que trovejava
Ostentando um penteado xucro
.....................................................
Da terra a colheita era incerta
ao menos não era uma vida escrava
e essa colônia nunca foi deserta
.....................................................
O Velho ganhava a lida no trabuco
honradez de sua herança eslava
e na venda era chamado de caduco.

................................................
Decimar Biagini e Wasil Sacharuk

sábado, 21 de agosto de 2010

O AMOR E A GUERRA


Nessa guerra, seria capaz de lutar

Mesmo parecendo perdida

Nessa terra, seria capaz de amar

Mesmo não tendo guarida

Vive o coração e a alma

Quase mendigando em vida

Uma projeção sem calma

Fase passando despercebida

Romântico inveterado eu sou

Você, a mulher que eu amo

Semântico e rimado o som

Vai conceber o meu plano

No estalado de um beijo bom

Que faz morrer o meu sono

Decimar Biagini

CERNE DO TARUMÃ


POR VEZES INCOMPREENDIDO
EM QUE A BRISA MATINAL
OFUSCA O REI SOL SEM MOTIVO
LÁ SE INSINUA O SURREAL

É QUANDO O POEMA ESTÁ ALTIVO
AO VERSEJAR SEM FINAL
EM CADA TRONCO DISTORCIDO
NUM REVELAR SEM IGUAL

ASSIM É O POETA DESPREOCUPADO
QUE TEM PRESSA NAS ESCOLHAS
DE PERFUME SENIL E AMADEIRADO

PALAVRAS ESCOLHIDAS NO CERNE
NUM INSIGHT COM SEIVA DE VIDA
PROJEÇÃO DE SOMBRA SEM EPIDERME
CUJA CASCA LEVA A RAIZ ESCANDIDA

DECIMAR BIAGINI


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

DIÁRIO DE UM CABELUDO (FICÇÃO)

Compro ouro, corto cabelo...Então adentrei naquela galeria...O frio na espinha parecia gelo...O pior por vir, nem imaginaria...Vencendo o torpor ao vendê-loUm grupo de homens me tomavaMorrendo de pavor ao cedê-loDe abrupto os nomes se chamavaSorriso, vem cá, dá aqui teu dentePronto puto, o que mais esperava?E o riso, de "matá", banguelou na frenteCorri por um duto, de joelhos imploravaHora de cortar o cabelo de forma imprudentePeruca para puto, cem reais eu ganhavaDecimar Biagini

JANTAR COM A MUSA

Corremos por um caminho
Namoramos nas estrelas
Escrevemos um pergaminho
Completamos frases belas

Ah! Nós os tão sonhadores
Nos matamos tão devagarzinho
Vítimas de nossas próprias dores
Algozes de nosso mútuo carinho

Incorrigíveis, de variáveis humores
Velozes na cognição após o vinho
Tão incríveis, alunos e professores
Vozes de divagação num só alinho

Neste jantar com salmão fomos atores
No tecer da pura seda e nobre linho
A contemplar o coração de sucessores
A esquecer da amargura com desatino

Decimar Biagini

O SONHO E A PSICOGRAFIA




Acordei, com um fragmento de meu sonho raro
Que encheu de luz o momento de meu calvário
Muitas vezes, ao negar-me o prazer do sono
Estava Deus, Jesus, no manto de um escapulário

Muitos meses, ao tentar me dizer de plano
Que o corpo é uma harpa de minha alma
Lóbulos meus, conduziam pranto perdulário
Ingleses, ao explicar em científico engano

Acham pouco, uma farpa que não traz calma
E os ateus, no leito de morte chamam seu dono
E o louco, fala com seres de luz sem trauma
Se é Deus, o pleito é forte, então eu o chamo

Decimar Biagini

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

QUANDO A POESIA ACORDA SEM SONO

Parecia estar esquecida ontem à noite
E, no entanto, esperou pela manhã
E sorria a sonhar adormecida em açoite
E em pranto, implorou por chibata sã

Decerto a poesia deve apanhar do poeta
Para que aprenda quem é seu nono dan
Decerto há ironia na surra incompleta
Para que se renda o dono frente à cortesã

Então que a poesia logo se desperta
Para que a luz surpreenda a frase irmã
E o vão da idolatria já sem descoberta

Ampara e seduz o poeta pela manhã
E nessa página se amplia obra incerta
Prepara e produz completa alma anciã

Decimar Biagini

COMENTANDO ESCRITA CRIATIVA DE WASIL


Tomei o cuidado de ler todo teu texto, embora minha ansiedade venha propositalmente a concluir de maneira incauta lá por metade do texto, fiquei surpreso com a forma carinhosa com que citou-me na tratativa alusiva ao improviso. Resta-me concluir que tenho a honra de manter uma duradoura amizade e frutífera atividade lúdica, ao ponto de que em não raras vezes, fostes a única voz na qual meu pouco bom senso em ser criticado escutou, vez que não são poucas as vezes sutis, com que tu lançaste depoimentos em meu perfil opinando pela reforma de algumas surras que empreendi na tão falada grafia.E para ambos, o improviso e a técnica, o dar e o receber do prazer são uma necessidade e um êxtase, mas não há enaltecimento mais digno do que receber a crítica de alguém que por muitas vezes demonstrou-se um amigo, pois ao contrário do que alguns Danieis da vida fazem denegrindo publicamente meu trabalho descompromissado com a técnica, tu revelastes um zelo pelo trilhar nessa trajetória, mesmo quando não mereci e joguei anos de escrita pelo raro do descaso.Obrigado mais uma vez, já não consigo traçar linhas horizontais nestas linhas bilaterais de fundo azul faz bom tempo, mas sempre me esforço para responder à uma leitura tão cativante e dignificante.Aquele abraço respeitoso que todo ser sulino que se preze, lança em um significante "quebra costela", quando encontra um guapo hermano...

CURIOSIDADES SOBRE O LOCAL DO ESCRITÓRIO






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terça-feira, 17 de agosto de 2010

A LINGUÍSTICA E A ESSÊNCIA

Esse estudo fulcral evolutivo
Cuja tese central sou eu mesmo
É meu lúdico mal e lenitivo
Contradição natural que versejo

Entre um gole e outro de amargura
Cujo gotejar de lágrimas no cerne
É um misto de revolta e ternura
É o aproximar das ilhas sem leme

Decerto que ser poeta é navegar
Sem mapa por águas desconhecidas
Tão perto que acarreta ao observar

Um karma de mágoas despercebidas
Aberto em sua meta ao versejar
O magna escorre pelas poesias vividas

Decimar Biagini

A VÁLVULA DE ...

Poeta é uma fuga
Do mundo convencional
O poeta enxuga
A lágrima surreal

Poeta não muda
O verso é sempre igual
O poema que o acuda
Nesta lingüística desleal

Decimar Biagini

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Tateando no escuro

Busco no poema a essência

Para iluminar meu rumo obscuro

Busco efeito mágico da cadência

É só o verso simples que procuro

Sigo tateando no escuro

Sem guia, sem clarividência

Sigo procurando verso puro

Sem mapa, sem muita paciência

Eu queria uma verve magnética

Desfile de rimas da minha verdade

Mesmo que se insinue cáustica

Preenchendo minha necessidade

Mas nunca o vazio da alma poética

Reescrevendo linhas em ansiedade

Wasil Sacharuk & Decimar Biagini

FOI E SERÁ

Ela era como o texto não lido
Como o cálice sagrado escondido
Como a mulher que não havia tido
Ela era o álibi para o crime concebido

Ela era o pretexto ainda não escolhido
Não era qualquer sentimento conhecido
Ela era o contexto de um poema vivido
Venha o que vier, ela será o amor sentido

Decimar Biagini

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

SONETO LIVRE AO ESQUI DA VIDA

Amante das alturas intangíveis
Espia por vales e nevascas do amor
Mandante das solturas em declives
Esquia por males no Alaska sem temor

Como poderia estar tão perto, tão perto
Ao passo que a liberdade se distancia
E sua alegria ficar decerto no deserto
No vazio de sua verdade, desde a infância

Na solidão de sua contraditada alma
Sofre e se diverte, no frio da existência
E o coração da alma lavada, em trauma

Se perde e se reverte, no vazio da vivência
E a murmuração versejada a lhe trazer calma
Se despede na verve, no vácuo da sapiência

Decimar Biagini

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O SENTIDO E O ALCANCE DO SONETO

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Se o poeta tivesse o dom da clarividência
Adivinharia por onde percorreria o leitor
Mas o verso lido, seria mera coincidência
Que limitaria e compartilharia uma só dor

A leitura viraria sentimento ou sapiência
O poeta então poderia ser taxado de ator
Loucura sem sofrimento e sem vivência
Incompleta então seria sua arte sem amor

Eis que não surgiria a faceta ideal e saborosa
Sua mentira não enalteceria nobres emoções
E não se extinguiria todo o mau na sua prosa

Em suma, tanto o leitor quanto o puro poeta
Devem ser pegos com os olhos encantados
Só assim, com mútuo amor, a obra se completa

Decimar Biagini

domingo, 8 de agosto de 2010

JANTAR SEM TI

Cada vez que tracejo
A rota de meu desatino
Surge num relampejo
A solidão que lastimo

Cada vôo em saudade
Que ao amar me imagino
Cessa pela ansiedade
No verso que eu arrimo

Cada poema de verdade
Cuja poesia fica presa
Fica no peito que arde

Uma frustrante tristeza
Agora já é muito tarde
Melhor recolher a mesa

Decimar Biagini

PAI

Tu que contemplas a eternidade
Talvez nunca tenhas refletido
O que é ser pai na pura verdade
Talvez o tempo fez-te esquecido

Tu que andas beirando o infinito
Ao ver teus filhos na mesa farta
Talvez não aches este poema bonito
Em retrospectivas que a vida descarta

Vim lembrar-te da tua importância
Para que possas parar o vagão do tempo
E nesse desencarrilhar lá da infância

Haja uma reflexão em teu pensamento
Homem simples, sem muita ganância
Cujo coração pulsa o sangue de meu alento

Decimar Biagini

sábado, 7 de agosto de 2010

UMA PERCEPÇÃO REVISTA

Cruzaltino


Esse guri o Cruzaltino, me trinca a cara, hoje vai minha revanche ! Roubei a foto do Cruzaltino !Eu havia escrito este texto, lá em junho e armazenei como rascunho, pretendia melhorar, mas, sabe como é né? Fui deixando, fui deixando, até que hoje resolvi liberar.

Eu sei que é lugar comum, mas a vida vive nos ensinando, se quisermos aprender. Tenho aprendido muito ultimamente. Com o que tenho aprendido, estou me obrigando a rever velhos conceitos e a mudá-los.

Uma amiga mandou o endereço de um blog, olha o nome - Cruzaltino - achei que fosse provocação, ela sabe que não gosto de Cruz Alta. Já havia mandado outro, "Nossa Velha Nova Cruz Alta" e eu respondi bem mal criada.

Mas olhei o Nossa Velha Nova Cruz Alta e repassei. Surpresa ! Muitos cruzaltenses desconheciam o projeto. Não me surpreendeu, é uma das caracteristicas de parte da população, não valorizar o que é produzido na cidade. Preferem ficar contemplando o umbigo, o centro do mundo para eles.

Bueno, fui dar uma espiadinha no Cruzaltino. Poxa, numa hora destas adoraria saber falar o "gauchês", mas não sei(me arrisquei no "trinca a cara"). Fiquei encantada ! Gostei tanto , que resolvi mandar um e-mail, cumprimentando pelo belo trabalho.

É um blog construído a dois, Greice desenha as tiras e Henrique produz os textos. Gosto dos traços, gosto das cores e gosto dos textos. Sempre gostei de "tiras", sou fã do Hagar do Chris Browne , do Recruta Zero de Mort Walker e da Mafalda de Quino e agora do Cruzaltino de Henrique e Greice. Não suporto o Níquel Náusea de Fernando Gonsales ( lá vem ela com gosto e não gosto).

Nunca havia me preocupado com o processo de produção de uma tira, mas no blog do Cruzaltino aprendi que não é um processo tão simples assim.. Bom, mas quem quiser conhecer o belo trabalho deles, entre neste endereço : http://cruzaltino.blogspot.com/. Não irá se arrepender.

Pois é, mais um devaneio meu, o que foi que aprendi ao ler o blog do Cruzaltino? Aprendi que uma situação, por pior que seja, se olhada de outro ponto de vista, pode ter uma solução.

Continuo achando Cruz Alta, cinzenta, triste e feia, mas não em estágio terminal , como eu imaginava. Aprendi com eles, que não é bem da cidade que não gosto. Aprendi com eles a ter um novo olhar para a cidade e hoje, confesso que até sinto um certo quebranto !

Aprendi também, que pouco sei sobre Cruz Alta. Com eles, tive uma excelente aula de história. Sei que há grandes personalidades em Cruz Alta, mas há muitos bufões. Não houve nunca a preocupação dos administradores, com a cidade que deixariam para as futuras gerações.

Aprendi também que há esperança para essa cidade cinzenta. Vejo, nos comentários, o clamor pelo vazio cultural. Nem um cinema? Nem um cineminha mesmo? E livrarias? Um lugar onde vc encontre aquele CD que você ama? Nada? Times de futebol, algum ? Para onde vai essa meninada, domingo à tarde? Greice e Henrique fazem um som muito bom. E os outros?

Aprendi através deles a valorizar o "ser gaúcha", nunca tinha dado importância para esse fato, como já disse anteriormente, passei minha infância e parte da adolescência entre Rio, São Paulo e Minas Gerais. Um detalhe, sei cantar todo o Hino Riograndense !

Acho que está na hora, mais do que na hora, dessa meninada cheia de idealismo, de sonhos e de amor à cidade, tomar alguma atitude! Nas mãos de vocês está o futuro, por mais "cliché" que possa parecer essa afirmação.

Tenho uma amiga , Yara Caino ,que é uma artista trabalhando o vidro, o atelier dela está belíssimo ! É, fica ai em Cruz Alta mesmo! Muitos cruzaltense nunca foram visitar e ainda há os que nem sabem que existe!

Minha relação com Cruz Alta sempre foi assim, conflituosa. Cheguei, olhei e não gostei( então não venci e nem conquistei), me desinteressei. Mas tenho olhado com mais atenção e carinho . Sempre me senti, como dizia Paulo Pinto, uma ave de arribação, mas não de rapina, olhe lá ! Como eu sonhava em alçar o voo e buscar outro ninho! Pois é, voei! Vim me aninhar aqui em Salvador! Agora vou reclamar dos baianos !

Hoje minha música é uma homenagem a Henrique e Greice!

Não consigo gostar de chimarrão então.......

Café?

Fonte:
http://tariza063.blogspot.com/

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O ÚLTIMO VÔO LIVRE


O ÚLTIMO VÔO LIVRE

Eu percorri algumas linhas
Até encontrar um afago
E morri nas agruras minhas
Ao deslizar pelo abismo vago

Na queda livre avistei algo
Que não resolvi na infância
E a angústia que já não amargo
Diluiu-se em pura sapiência

Pena que não tive tempo
Era tarde demais para viver
E num último pensamento
Chorei antes de morrer


Decimar Biagini

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O SONETO DE NILSON MORENO

O melhor soneto reflexivo que li
Advindo de um poeta inteligente
São perguntas que não respondi
Inquirindo em meta comovente

Talvez um dia, na caixa do correio
Cheguem as conclusões em obra
Com alegria, então direi a que veio
E Nilson, nas divagações de manobra

Então relataria, com livro tão cheio
De pura poesia, em soneto à prova
Tão altivo e ligeiro, na idéia que renova

Então eu diria, ele encontrou a saída
E sequer fechou a porta ao leitor
E ali o seguiria, no que versou em vida

Decimar Biagini

O TEATRO DA EXISTÊNCIA




Participo de uma peça
Cujo ensaio
Não é uma promessa
De soslaio
Na cortina que fecha

Nem mesmo a curvatura
Do artista aplaudido
Nem mesmo a fissura
Do viciado ou bandido
Que rouba sem lisura
O mocinho tão querido

Nem mesmo a escritura
De um roteiro empreendido
Pelo artista que procura
Decorar ligeiro e jaz esquecido
Na entrevista sem cultura
De um entrevero sortido
De jornalistas em tortura

Participo de uma peça
Cujo ensaio
Não é uma promessa
De soslaio
Na cortina que fecha

Essa peça, é a vida
Um trem de partida
Em trilha desconhecida
Em cartaz já batido
Da filosofia desprovida
De responder o finito
À platéia entretida

Decimar Biagini

Qual tema nos poemas mais te atrai?