DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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segunda-feira, 17 de junho de 2013

ELES NOS VÊEM MAS NÃO NOS LÊEM

ELES NOS VÊEM MAS NÃO NOS LÊEM

Olho as manifestações
Sem qualquer julgamento
São válidas as observações
Mas não é o momento

Guardo as palavras
Como cidadão rastreado
Deixo CPF nos caixas
Quando busco pão no mercado

Meu note tem tantas invasões
Quantos forem os satélites na órbita
Não tenho sequer más intenções
Externadas no perfil que hoje me habita

Nada me dizem as páginas dos tabloides
Sequer fui educado para comentá-los
Me nutro de poesias e bons motes
Enquanto comunas me enchem de ledos regalos

Por incrível que pareça, fica aquela sensação
De que aconteça o que aconteça nessa situação
Teremos mais curiosos que leitores de nossa criação

Decimar Biagini

quinta-feira, 13 de junho de 2013

DIA DOS NAMORADOS

DIA DOS NAMORADOS
Há quem diga
Que é todo dia
Há quem liga

Parece ironia
Mas há quem não liga
E nem sabia

Cada amor
Tem sua sinfonia
O sol vai se por
E virá o outro dia

Seja como for
Aproveite com sabedoria
Cuide do amor
E curta tudo com alegria

Ontem fiz salmão
Gastei pacas num sofá
Dinheiro corre da mão
A data serve para gastar

Vale o gesto, o carinho
O dispêndio é como ressaca
Lave a taça de vinho
Pois a dor de cabeça logo passa

Por falar isso foi ontem
Comemorar hoje não tem graça
Que bons ventos lhe montem
Arranje logo alguém, vá a praça!
E espere o ano que vem
Para servir uma boa massa!

Decimar Biagini

sábado, 8 de junho de 2013

QUATRO PALAVRAS E UM IMPACTO

QUATRO PALAVRAS E UM IMPACTO
agora- surpresa-sofisticado-cadete



Agora observo o silêncio noturno

Surpresa, a alma revela-se em espelho projetado

Sofisticado pranto, verso soturno

Enxugado pela tela de um escrito auto-biografado


Cadete do ar, é o poema altaneiro

Que voa sobre estrelas esperançosas

Ao perscrutar a rima, cria um nevoeiro

Que o impede de enxergar lindas rosas


Até cair, na aspereza, de seu próprio canteiro

Nasce então uma púrpura magnetização

Tão rara quanto um onírico arco-íris no tinteiro

O teclado cria arcabouços pela própria ilusão


"Fazendo do poeta, seu mais nobre prisioneiro "


Decimar Biagini

FUGA DE POETA CASADO

FUGA DE POETA CASADO

Sim, melhor momento não há

Pego o teclado, sentado

Olho de revesgueio, a musa tá lá

No novo sofá, meio enviesado


Eu gosto da anca que fiz no estofado

O couríssimo cedeu com os duros poemas

E o rosto, com alegria, depois do vinho, fica rosado

É quando aproveito a novela da morena

Para botar a poesia em dia, com o coração acelerado



Decimar Biagini 

ENTENDO O RECESSO

ENTENDO O RECESSO
Somente eu fui capaz

De frustrar a minha expectativa

Em terras desertas

Fui meu próprio capataz

Não tive uma frase produtiva

Algumas idéias despertas

Morreram na ponta dos meus dedos

Antes mesmo do back-space apagar meus medos


Peço desculpa aos leitores

Pelas noites que passei teclando

Pelas coisas absurdas que semeei 

Sim, tive certos dissabores

Mas o tempo foi acalmando

A angústia que um dia criei

Hoje tenho outros amores

A vida segue me reinventando

Mas a poesia que operei

Trouxe um poeta se ocultando

Na liberdade que provei



Não temam pelo amanhã imprevisível

Ele é como a próxima intersecção no poema

Quando não for você, é algo compreensível

Pois o poeta vive num mundo maior que sua pena


Sou hoje uma pessoa otimista

Em uma nuance fora da poesia

Muita coisa deletei da velha lista

Mas não posso agir com hipocrisia

Aquilo que se perdeu de vista

Foi por que a paterna semântica queria


Decimar Biagini

Qual tema nos poemas mais te atrai?