Atman

Atman - tributo ao Eterno

Atman, o ser transcendente

Essência divina, esplendor latente

No hinduísmo, princípio supremo

A luz do eu, do universo, sem dilema

Indivisível, sem forma ou limite

Brahman, Paramatman, vínculo infinito

No mantra sagrado, ecoa sua canção

No coração humano, reverbera a fusão

No ciclo eterno de samsara e moksha

Transcende, liberta, desabrocha

Na dança cósmica, sua dança se revela

Na alma humana, chama que zela

Símbolo de eternidade, insight e amor

Na rima da verve, versos de esplendor

No hinduísmo, sua luz brilha sem fim

Atman, o Divino em nós, Sagrado assim

Decimar da Silveira Biagini

Gratidão ao dia 12 de junho

No dia do amor, versos eu vou compor

Deus não joga dados, fez tudo com amor

Do Brasil ao Japão, o amor vou exaltar

Em várias línguas e países, vou declamar

No idioma doce da França, o amor é "amour"

Na Espanha, "amor" é o que traz tanto ardor

Na Itália, "amore" é a palavra a soar

E no Japão, "ai" é o amor a brilhar

No idioma alemão, o amor é "liebe" a dizer

E na Rússia, "любовь" é o que faz estremecer

Na língua inglesa, "love" é o sentimento sublime

E em tantas outras línguas, o amor é seu crime

Na Bíblia, o amor é descrito como essência

"Deus é amor", nos ensina com paciência

Amar ao próximo como a si mesmo é mandamento

Cultivar o amor é sempre um bom intento

E quantos neurônios tem o coração, me perguntas?

Na verdade, quarenta mil, confie e intua sem conjecturas

Pois o amor é uma chama que queima no interior

Com neurônios e pulsações, é puro em louvor 

No coração, o amor faz morada e se expande,

Ultrapassa as fronteiras e nunca se desmanda

Que nesse dia do amor, possamos celebrar,

Com gestos, palavras e o coração a vibrar.

Decimar da Silveira Biagini

Fernando Pessoa, poeta singular, aniversário

Versos eternos fez brotar,

Filósofo profundo a divagar,

Dramas e sonhos a desvendar.

Ensaísta e tradutor magistral

Palavras entrelaçadas em rituais

Publicitário do verbo universal

Poesia em anúncios geniais

Astrólogo, inventor audaz

Olhava aos astros, vislumbrava a paz

Empresário de sonhos, a voar fugaz

Um mundo de palavras, imortal cartaz

Correspondente comercial a expandir

Sua escrita, fronteiras a invadir

Crítico literário a refletir

Sobre as letras que lhe fizeram sorrir

Comentarista político afiado

Seus pensamentos não foram calados

Opiniões fortes, com vigor declamado

A voz do poeta, jamais silenciado

Poeta da poesia boa, gênio universal

Seu legado além-mar se espalha

Em versos que ultrapassam a mortal muralha

Fabuloso Pessoa, como Grêmio, imortal

Decimar Biagini

Soneto ao Sepé Tiaraju

Nada desvia o curso de um herói com fé 

Nas missões, provações de um povo forte Sepé, anjo da guarda, coragem suave Genocídio iminente, dor que se corte

Mas seu olhar divino aos céus se grave

Interferência angelical em contraparte

Sepé brilha, estratégias desenrola 

Recebe a imagem de Maria, e a reparte

A guerra posterga, esperança que cola

Guaranis unidos, resistência viva

Nos trilhos da história, rumo à vitória

Sepé guia a alma, valente e altiva

Das sombras da morte, sua fé desponta

Nas asas do anjo, a esperança desponta

Sepé, guardião, na luta que não cessa

Decimar da Silveira Biagini

City campeão

Parabéns ao Manchester City

Pepe leva a tríplice coroa

Haaland foi um cometa

Artilheiro, não à toa

Que o mundial prometa

Mais um time de Manchester

A ganhar a consagrada orelhuda

Mas ganhar invicto é raro se ver

A música dos Beatles é santa ajuda

Decimar Biagini

Dia de passe no caminho da luz

No mundo das diferenças e emoções

Reside a força que une corações

Cura Divina, busca inspiração

Ensinam-nos o valor da inclusão

Madre Theresa, um exemplo de amor

Aos pobres e doentes, sem temor

Com gestos de ternura, sua missão

Cuidar e acolher, com dedicação

Santo Egídio, guia na escuridão

Aos marginalizados, dá a mão

Seu trabalho incansável e sincero

Transforma vidas, mostra mundo inteiro

Cândido Machado, médico dos aflitos

Na caridade, passos intrépidos

Mãos estendidas e passe compassivo

Promove a justiça, alivia o sofrido

Jesus, exemplo supremo de amor

Acende em nossos corações o fulgor

Com seu toque divino, sem distinção

Ensinou-nos a amar, cuidar do irmão

Inclusão e cuidado, a chave do bem

Somos todos iguais, fé não é pequena

Nos versos que rimam, a linguística fina

Viva a união e bondade genuína

Decimar da Silveira Biagini

Maria Passa Na Frente

MARIA PASSA NA FRENTE

Deixa assim, Pedro, feche não, ó nobre sina

Obra divina, materna, da Mamãe aflora

Deus, majestoso, reveste a Virgem e a define

Maria, Estrela da Manhã, Porta do Céu, tesouros implora

Rosa Mística, Torre de Marfim, sublime raiz

Casa de Ouro, nomeada com afeto e devoção

Em estudos teológicos, Maria, mãe bendita

Enaltece a doutrina em sua exaltação

Para o cristão, meio eficaz de alcançar a meta

Nosso destino eterno, que é o fulgor do Céu

Cresçamos na intimidade, o coração em asceta

Pois Jesus nos deu Maria, um tesouro singelo e fiel

Aconselho-te, então, experiência divinal

Viva o amor materno de Maria em plenitude

Não basta conhecer, nomear, falar desse ideal

És seu filho, ela te ama, em profunda magnitude

Ama-te como único filho nesse mundo vasto

Honra-a, revela-lhe tudo, em sincera oração

Ninguém fará por ti tão nobre gesto, tão casto

Amar Maria, ser amado em sublime conexão

Decimar da Silveira Biagini

Emblemática Ceia

Emblemática Ceia

Na ceia, Corpus Christi, divinal

Apóstolos unidos, amor eternal

Pedro, o rochedo, fé inabalável

Liderar a Igreja, o rebanho incansável

João, discípulo amado, sereno coração

Junto ao Mestre, a cena em perfeição

André, primeiro chamado, missão divina

Compartilhou a fé, a mensagem genuína

Filipe, buscador, questionou com fervor

Guiou povos distantes ao Salvador

Tiago, o Menor, humilde e compassivo

Cuidou dos necessitados, amor cativo

Bartolomeu, Natanael, alma sincera

Anunciou a verdade com fé verdadeira

Tomé, o incrédulo, buscava evidência

Fé encontra nas chagas transcendência

São Judas, sim, o Tadeu

De Jesus primo-irmao 

Quase que aqui se esqueceu

Luz e fé na sua pregação

Mateus, cobrador, vida renovada

Ensinou a salvação, a Palavra propagada

Simão, o zelote, justiça em ação

Combateu opressões, trouxe libertação

Tiago, o Maior, trovão de fidelidade

Pregou o evangelho, luz e verdade

Judas, traidor, envolto em seu mistério

Porém, amor divino não foi vitimado

Na ceia eterna, cada um em seu papel

Fé marcada, chamado do céu fiel

Corpus Christi, amor e redenção ternos

Apóstolos testemunham, pães eternos

Decimar da Silveira Biagini

Purifica-te Alma

Alma não dê-se à dor, não suportes

Teus tormentos na mente imersa

Livre teu ser, evita os absortos

Busca a alegria em cada conversa

Alma, não entregues-te ao sofrimento

Ensinou Buda, iluminado oriental

Nem atormentes-te em pensamento

Conforme Sócrates, mestre ocidental

Busca a serenidade, alma sagrada

Na sabedoria de Lao-Tsé, taoísta

Liberta-te das sombras, alma abençoada

Com lições de Nietzsche, filósofo niilista

Não entregues tua alma à tristeza

Não atormentes a ti teus pensamentos

Acolhe a fé e a alenta com delicadeza

Chico Xavier, humilde como exemplo 

Não te entregues, alma, à tristeza aflita

Ensinou Confúcio, sábio professor

Segue em frente, alma audaz e infinita

Em nome de Jesus, Filho do Amor

Decimar Biagini

O sal da persistência é muito raro

O sal da persistência é raro

Que seja feita a Vossa vontade

pois não sou perfeito meu Pai

Sigo lentamente, em continuidade

Engatinhando, ou lesma espiritual

Mas só o Senhor é que sabe

Do quanto não faço por mal

Sou um tigre sem dente de sabre

Carente, cansado, dizendo miau

A corrida não é ganha no corre

Mas por quem chega na final

Pai Nosso, dai-me força, socorre

Pois essa gente anda sem sal

Decimar Biagini

Cordel do triste e do grato

Entenda o triste e exale gratidão

No sertão do meu pensamento

Vou contar um conto triste

Sobre um dia sem alento

Que um deprimido assiste

Era um dia tão cinzento

O sol se escondeu de vez

A tristeza no peito é lamento

Tudo em volta perde a vez

O deprimido vagueia

Pelos campos da solidão

Sem esperança, tudo anseia

Um sopro de consolação

A sombra escura o envolve

A alegria se esvai

A tristeza o dissolve

Como nuvens em aguaceiro

Enquanto isso, na alvorada

Um grato sorri para o dia

Agradece por cada jornada

Com amor, paz e alegria

Seu coração se expande

Em gratidão e harmonia

A cada pessoa que encontram

É pura luz, é sinfonia

No entanto, o destino sorri

E seus caminhos se cruzam

O deprimido e o grato

Seus mundos se entrelaçam

Num gesto de compaixão

O grato estende a mão

E o deprimido encontra

Um consolo no coração

Com palavras de conforto

O grato faz brotar um sorriso

O deprimido sente o suporte

Renascendo do abismo

As vibrações de carinho

Envolvem os dois no ar

E o dia que era sozinho

Agora é para celebrar

Pois o amor e a gratidão

Uniram almas em harmonia

Transformaram a escuridão

Numa luz que nunca se esfria

Assim, o dia que era ruim

Para o deprimido e o grato

Transformou-se num jardim

Repleto de flores e encanto

Com a força do amor e carinho

Superaram todas as dores

Uniram-se como vizinhos

Espalhando alegria por onde passam

Que essa história nos ensine

A olhar com mais compaixão

A estender a mão amiga

E encher de amor o coração

Pois, quando juntos caminhamos

Nosso fardo fica mais leve

E os dias tristes se transformam

Em momentos de paz e de vida breve

Decimar Biagini