DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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domingo, 29 de novembro de 2009

TEMPO LOUCO



Hoje o céu está azul
Tempo bom aqui no sul
Choveu tanto, mas tanto
Será que Deus estava em pranto?

Se sim, somos responsáveis
A natureza pede socorro
As enchentes e ventos intermináveis
Ora eu nado, ora eu corro

Por certo que não existem estações
Tudo ficou tão indefinido
Mas o céu azul veio e acalmou cidadãos
Que com a intemperança
Muito haviam perdido
Menos a esperança

Decimar Biagini

sábado, 28 de novembro de 2009

SONETO À INSPIRAÇÃO MAIOR

Pelas linhas santas bidimensionais, eu percorro
Nas minhas lembranças ancestrais, me socorro
Descubro-me no vão do silêncio inquebrantável
Procuro-me, mas não me esqueço do memorável

Último momento em que saiu, que a porta ainda bate
Retrato de fim de tarde que chancelou nosso amor
Como da vez que de você surgiu a musa do mate
Ou do momento em que demos a vida novo sabor

Quantas obras foram feitas na sua ausência
O poeta que ama não teme a decadência
Traz consigo a força do amor indestrutível

Por isso digo: - na fossa, a saudade é combustível
Mas a Musa é a mola mestra fundamental, o princípio,
O meio, e o final, não há nada igual, é insubstituível

Decimar Biagini, 28 de novembro de 2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

GOLPE NATALINO

POEMA NATALINO-----------------------------------
Vamo que vamo
Sem eira nem beira
Já dizia um Paisano
Em plena sexta-feira

O tempo está correndo
Ainda ontem era segunda
O verão está batendo
Na janela da comuna

Mas sabe que estes dias
Fiz inscrição para papai noel
Mas a vida e suas ironias
Me pregaram mais um chapéu

Fiquei esperando o professor
Paguei a taxa antecipada
Comprei barba e roupa daquela cor
Que chamam de encarnada

Não é que tinha um povo
A dizer que se tratava de golpe
Jogando na empresa ovo
Saiu na tv, deu ibope

O policial que registrou a ocorrência
Fez uma pergunta absurda, Deus do Céu!
Perguntou ao povo lesado, com irreverência:
- Mas vocês nessa idade, acreditaram em Papai Noel?


Decimar Biagini

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

MUDANÇA DE PLANOS

Vim aqui trazer um desafio
Apenas permita-se, não diga sim nem não
Faça da dúvida um calafrio
Deixe que eu a conduza pela sedosa mão
A percorrer caminhos desconhecidos

Como quem venda os olhos da mulher amada
E a leva para uma surpresa, sem motivos
Posso parecer louco, ou até ser louco,
Mas meu amor nunca é pouco...

Para desvendar o que sou
E o que quero ser com você!
Depois quero que diga o que achou
Quieta, apenas a falar com o coração...
E as mãos pulsantes
A conduzir o amor em nova direção....

Decimar Biagini

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

NADA SE LEVA

A vida corre por uma vala
A vala escorre e a alma cala
Sucumbida viagem sem mala

Nada se leva, nada se obtém
Sequer da lembrança, teremos certeza
Da morte, só o medo nos convém

A quem viu na vida sua beleza
Quem diz não temer, nada tem
E quem assume nada ter, terá maior bem
Pois a humildade é sua única proeza

Decimar Biagini

terça-feira, 24 de novembro de 2009

SE UM DIA

Se um dia eu disser
Que não tive sorte na vida
Meu coração irá dizer
Que perdi o norte querida
Que tu pode me esquecer
E que não tive outra saída
A não ser reconhecer
Que tu fostes o melhor na vida

Decimar Biagini

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A MUSA E A OBRA DE ARTE

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Nessa trajetória de surpreendimento
Trago a convicção da diferença
Entre o vício e o acomodamento
Afago que se cria numa crença

De que o amor é o ópio do momento
E mesmo que ele não permaneça
A melhor lembrança será este envolvimento

Posso olhar para certas coisas como um quadro
Acostuma-se com ele em uma parede
Dependendo do que lhe chama ao seu agrado
Você pode nele saciar a sua sede

Vi que minha musa é uma pintura indecifrável
Cada dia lanço sobre ela um olhar diferente
É como uma magia, atração inquebrantável
Algo que não canso de apreciar calmamente

Outras pessoas são um mero quadro
Sei que estão lá, mas me acostumei a não olhá-las
O quão concentrador é o poeta amado
Alimenta-se da inspiração mesmo sem decifrá-la

Uma pintura que me leva por muitos caminhos
E cada caminho me traz uma esperança sutil
Geram tantas histórias relatadas em pergaminhos
De um sonho real vivido em surpresas mil

Decimar Biagini

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

RIMAS AO NATURAL

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Hoje não queria falar de rimas
Mas elas lapidam meu ego
Piso nas palavras como em minas
Cada passo é um passo cego

Por quais razões eu explodiria?
Talvez na dor de uma perda
E pelas rimas me reencontraria
Naquilo que do coração se herda

Carrego lembranças de um amor
Que ainda lateja embora dolorido
A esperança é minha luta na dor
De que ainda não o tenha perdido

Naturalmente, sem que antes visse
As rimas estavam lá a me dizer
Como que o amor nelas me imprimisse
Naquilo que não consegui escrever

Decimar Biagini

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*Nosso amor é como um bom livro,
a melhor compreensão está no rodapé,
a descrição está nas rimas, a esperança
está na forma como interpretaremos isso,
e o final feliz, fica com a imaginação.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

SONETO AO SOFRIMENTO AMOROSO

A natureza da raiva ressentida
A pureza da mágoa na ferida
O sonho do amor dissipado
O medo da solidão propagado

O Eco do sombrio esquecimento
O sopro da tristeza na inquietude
A desilusão sentida no momento
Em que a boca com o amor foi rude

O tatear na cama sem nada encontrar
A angústia gerada pela incompletude
A imperfeição na definição do verbo amar

Tudo isso só se cura com esperança
De que nada nessa vida se leva
A não ser o amor e sua lembrança

Decimar Biagini

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

OBREIRO AMOR

Vou extrair do caminho
Todas as pedras que encontrar
Para fazer um castelo
Com o pedreiro verbo amar

Modifico alguns versos
Mas não os sentimentos
São apenas manifestos
De meus loucos momentos

Dou o final que gostaria
Lendo histórias mal acabadas
Dou a vida mais alegria
Com o amor nas palavras

Sou poeta Amador
Daqueles que amam escrever
Amo a dor da saudade
Pois nela pude aprender
Que existe amor de verdade

Decimar Biagini

terça-feira, 10 de novembro de 2009

CAUDILHO

C onquistaram um território
A ssumiram uma bandeira
U niu-se um povo heróico
D ividiu a nação em trincheira
I dentificou-se na luta
L ibertou-se à sua maneira
H omens do sul, da bravura
O s caudilhos da fronteira


Decimar Biagini

domingo, 8 de novembro de 2009

A DÉCIMA MUSA

Sabemos que os Dez Mandamentos

Não permitem outra idolatria

Mas a musa e seus momentos

Manteve homenagem mês e dia

São dez meses que fizeram diferença

A magia do amor é apaixonar-se

Várias vezes pela mesma pessoa

O poeta de sorte é o que tem a consciência

De que o verso sem amor é verso a toa

A concentração de nada vale

Se não houver calor no versejar

O leitor descontente que cale

Caso não acredite no verbo amar

Sou grato a ti, Musa de dez meses

Meus poemas abusaram em todas as vezes

Que a ti venerei em sagrado altar

Decimar Biagini

sábado, 7 de novembro de 2009

DECISÕES? TALVEZ! CERTEZA? SÓ O AMOR!

Como eu tenho dito a frase eu te amo
Nestes dez meses o significado mudou
Mas o melhor disso é que nosso plano
Mesmo na intemperança intensificou

Teu sorriso lindo ainda desnorteia-me
Espírito e vontade levam-me a ti
A simplicidade já não preocupa-me
O amor é simples, é isso que descobri

Sem longas e tumultuadas lutas
Mas acontece que nem sempre juntos
As coisas parecem ficar dificultas
Seria hora de juntarmos nossos mundos?

Decimar Biagini

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A TORPEZA DO CIÚME

Eu preciso desculpar-me
Por este torpe sentimento
Eu preciso afastar-me
Do ciúme em sofrimento

Não quero que tome conta
Que desmanche a beleza
Mas o coração apronta
Com o amor e sua pureza

Quisera eu ser um homem seguro
Mas desconfio das coisas plenas
As vezes sozinho no escuro
Sofro de ciúme em duras penas

Onde estará minha musa
O medo de cair no ápice
O ciúme é dor muito suja
É um veneno em lindo cálice

Mas tratarei de renovar a alma
Ainda tenho alguns dias
Esses dias requerem calma
Segundo o Reiki e as profecias

São coisas que não resolvi
Màgoa da dor que já senti
Em vidas passadas e mal resolvidas
Que voltaram até aqui
Para cobrarem as minhas dívidas


Decimar Biagini

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A ÁRVORE DO AMOR

Na plenitude dos versos que trago
Na atitude que provei a ti meu afago
Descobri a força de um amor maduro
Extraí a poupa de um sorver futuro

Tu és a raiz, a árvore, e os frutos
Sagrado é o poder da tua semente
Louvado é o suco do teu corpo quente
Busco em tua sombra meus indultos

Vitaminado é o amor que alimenta a gente
Tu és para mim o xantona de minha vida
A trazer com frescor o melhor nutriente

Decimar Biagini

domingo, 1 de novembro de 2009

ENERGIA UNIVERSAL

Tudo é mais simples do que parece ser
A energia que vem do cosmos é então chamada
O corpo pede ao Rei, pronto para receber
A alegria que vem da alma fica então purificada

Cinco princípios básicos e necessariamente vitais
O permitir-se é o mandamento mais forte
A harmonização do ambiente a energia que apraz
A posição da cama, a cabeça virada para o norte

As portas do banheiro fechadas, negativo se desfaz
A sonorização com música de fundo indica a cadencia com sinais
A sintonia do grupo em prol da melhora cósmica

A evolução do profundo implica na experiência de ancestrais
A energia pensada em conjunto abdica dos materiais
Cores azuis, douradas, brancas, violetas e outras
E o dia é mais nada do que o aqui, o agora e o jamais

Decimar Biagini

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