DECIMAR BIAGINI

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Advogado e Poeta Cruzaltense

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segunda-feira, 29 de julho de 2019

Cambona

A Cambona da vida

Chega com respeito
Carente por uma centelha
Meio que sem jeito
Como uma operária abelha

Sabe o valor com humildade
Aquece da base até seu peito
Matear na hora do aperto
Com um gaucho de verdade

Como o chimarrão e a brasa
Não escolhe um fim de tarde
É  amiga em toda casa

Num galpão, ouve um causo
Num palácio serve a solidão
No chão, faz feliz o descalço
E na estribaria, esquenta o peão

A vida é brasa ligeira
E a Cambona não espera só
A alma alimenta a fogueira
O mate segura o tempo
Com a lembrança do firmamento
Enquanto o homem não vira pó!

Decimar Biagini

domingo, 28 de julho de 2019

COMO QUERO-QUERO

Como Quero-Quero

Até mesmo o quero quero
É viajante desprevenido
Coloca ovo no pé da Serra
E nunca precisou de ninho

Essa vida bem cigana
De levantar acampamento
Cuja alma logo emana
Um velho pensamento

Olhai as aves
Quanto poder na simplicidade
Pois bem sabem
Que estão aqui só de passagem

Quero-quero é mochileiro
Mas é ligado e bom cuidador
Leva o bom companheiro
E defende o ovo com amor

No que eclode muda de rumo
Outras bandas, outra cor
Deixa na grama seu insumo
E parte sem sentir dor

Decimar Biagini - mirante de Nova Petrópolis-RS, 28 de julho de 2019

sábado, 27 de julho de 2019

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Na fila de espera para decisão do destino dos desencarnados, através de uma séria avaliação do que havia feito cada ser em seu currículo pela passagem na terra, um sábio Cacique que vinha de uma tribo já extinta em meados dos anos 80 respondeu ao Geógrafo que no processo encarnatório anterior esteve frente a frente com o integrante daquele eminente genocídio que levantava topografia e relevo para instalação de uma mineradora próximo a uma foz (naquela situação o índio perguntava se o Deus dele aprovava largar mercúrio num rio próximo a aldeia. O Geógrafo, falou que no caso ele não tinha um Deus, que quem iria fazer o levantamento de viabilidade era uma sonda e que um robô iria fazer o rejeito e separação dos detritos):
- Se você não acredita em Deus, não se preocupe, quem tem de se preocupar são as futuras gerações! Cada pessoa tem a crença que merece, o que não podemos é deixar tudo por conta da ciência, da tecnologia, da robótica e deixar de encarar os fatos com humanidade e respeito ao próximo!
O resultado, na opção um (fazer o que a ciência determinava) ele estaria no Umbral hoje, e certamente não teria o reencontro com o velho conhecido. Na opção dois (caiu em si, e tomou uma sólida medida das consequências de seus atos) livrou muita gente do genocídio. Na opção três (pediu demissão e foi substituído por um inconsequente técnico). Na opção 4, assumiu o comando da tribo e lutou pela foz do rio em perigo.
Resumo da ópera, como dizia Chico Xavier - "Ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo. Mas qualquer um pode recomeçar e fazer um novo fim"!
Decimar Biagini - ensaios de ficção espírita, julho de 2019.

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