SITES INTERESSANTES
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
O POEMA CONSELHEIRO
Pois quando algo de ruim lhe acontecer
É para lá que você retornará
Quando um escriba um poema inicia
Sua mente gira em torno do que virá a seguir
E se ele não encontrar o que queria
O poema estará em toda parte, basta conferir
O poema, pensem nisso, sempre estará lá
O poeta, percebendo isso, inspiração terá
Enquanto penteia seu cabelo
Pensando em que roupa você vai vestir
Talvez não consiga vê-lo
Mas ele está pronto, basta o permitir
Viver sem o poema é como não retratar a alma
Todos precisamos registrar ou compartilhar
É na mútua contemplação que a angústia se acalma
Tente concentrar-se no poema
Vencer ou perder, não fará a menor diferença
O importante é que valha a pena
Isso mesmo, mesmo que você não vença
Pois perder é crescer de forma serena
Relatar o que sente, seja demonstrando medo
Ou então registrar a vitória, ainda que muito cedo
É a forma de iniciar um bom poema
E lembre-se, não importa a forma ou o esquema
Se em rima, ou em formatação
Se em cima, ou no final da expressão
Quem nos ensina a escrever é o coração
Decimar Biagini
terça-feira, 29 de setembro de 2009
ANIVERSÁRIO DA AMIGA MARY
Trabalhadora e honesta
Você é amiga, é legal
Espero que tenha festa!
Se não tiver, não faz mal
Meu abraço aqui se manifesta
Neste dia tão especial
Feliz Aniversário Mary
Decimar Biagin
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
ACIDENTE DE CONSUMO
Que não liga para ninguém
Não consigo teclar
E com antena não vem
Comprei um microondas
Explodiu na tomada
O Camelô Pamilondas
Deu garantia apalavrada
Comprei uma academia
Veio sem anilhas, estensora e barra
O pessoal da ouvidoria
Disse que a transportadora é paga
Comprei uma televisão
A maldita tem um puta chiado
Sem controle e só no tapão
Ela acende e depois apaga
Comprei tanta coisa ruim
Sem saber se precisaria
Consumista é sempre assim
Só acumula cacaria
Decimar Biagini
Tomei emprestado o tempo
O tempo já não prestou
Tomei emprestado o vento
O vento já não passou
Tomei emprestado o verso
O verso já não vingou
Tomei emprestado o universo
O universo se findou
Tomei emprestado o abraço
O braço o destino amputou
Tomei emprestado o damasco
O damasco então azedou
Tomei emprestado o tópico acima
O tópico ninguém visitou
Tomei emprestado o poema e a rima
O poema poesia virou
Tomei emprestada tua atenção
Ei leitor, por que te afastou?
Decimar Biagini
domingo, 27 de setembro de 2009
SONETO À RAINHA
Dos loucos últimos gemidos
Do amor que nunca se cansa
Dos nossos momentos vividos
Reino perdido, ao imperio da saudade
Tenho pedido, o retorno da Majestade
Domo minha febre, a espera da Rainha
Soneto que se concebe, na angústia minha
Ainda com o cheiro da sua pele perfumada
Durmo sobre os linhos revolvidos
Na colcha da cama, ainda desarrumada
Vejo nos versos, em românticos pergaminhos
Que tudo que antes estava ao meu alcance
Foi-se com a Rainha, por incertos caminhos
Decimar Biagini
CAVALEIRO DA NOITE
A pearei somente na manhã
V ago pela escuridão
A tirador e pelego de pura lã
L ançados sobre o alazão
E sporas são sem serventia
I nimigas que são do couro
R umam altivos, em freio de ouro
O cavaleiro e sua montaria
D e uma em uma hora em cada bolicho
A perder-se nas horas, o dono e o bicho
N amoram senhoritas e éguas bonitas
O s dois se consomem nas horas finitas
I nútil tentativa de frear o tempo
T ratam de despedir-se na noite de vento
E o retorno à estância, é um só pensamento
Decimar Biagini
ACRÓSTICO SUGERIDO PELA POETISA DHENOVA NA COMUNA NOP OFICINA
SONETO GAÚCHO-CARIOCA
Respeitando as vertentes.
Poetas, então, sonetaram,
Com sotaques diferentes.
Um Rio de vastas pastagens,
Heróis da Pátria, a cantar em louvor.
O outro, com lindas paisagens,
Pão de Açúcar, praias e o Redentor.
As veias geográficas, a unir dois horizontes,
Sob a imensidão do manto de pastagens,
Ou na sua sobresaliência, vista nos montes.
A criar, na virtualidade, a troca de homenagens.
Uma parceria nativista e carnavalesca,
A timbrar, na amizade, uníssonas mensagens.
Decimar Biagini e Venus Barreto
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
TU ÉS PODEROSA
A essência restou totalmente esgotada
Recursos sucedâneos com esmero
Seguiram-te na trilha da pele perfumada
Tentei buscar esclarecimento sobre a matéria
Mas teu corpo desafia-me com novos conceitos
Sistematizei informações em dissecação séria
E mesmo assim me perdi em seus trejeitos
Poderiam restar dúvidas sobre outras possibilidades
Na repercussão geral de questões ainda não discutidas
O nome do passado me fez ofender-te com crueldades
Percebi que o passado tem nos provocado feridas
Criei recursos que pretendiam emendar meus erros
Ou abusos que importem na inversão tumultuada
Mas estribei-me como animal, culpa de meus medos
Restou-me pedir desculpas, à minha grande amada
Eis-me aqui, de joelhos, com respeito e delicadeza
A fazer nos versos o que jamais poderia fazer pessoalmente
Retratar momentos loucos, entregues à Vossa Alteza
Suplico minha Rainha, condene-me, a amar-te eternamente
Decimar Biagini
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
OLHOS NOTURNOS SOBRE O BALCÃO
Na incessante queima da córnea
Já não lacrimejava mais, na espera
Um verdadeiro vício o balcão
Entre um atualizar e outro, ouvia as batidas
De um poético e cansado coração
As páginas espiradas e as frases perdidas
Já não mais chamavam-me a atenção
Li uns poemas de alguns poetas
Resgatei pérolas que ficaram para trás
Vi nos versos de Celso grandes descobertas
E também os de Sacha, poeta que me apraz
Por momentos olhava os recomendados
Por hora recomendava também
E o relógio não passava, ponteiros quebrados
Os olhos secos, em vai e vem
Os dedos gelados, em plena primavera
Se fazia a invernia e, a solidão severa
Nada me dizia, só a leitura que eu fizera
Com olhos cansados, o olhar ainda sorvera
O que restava de meu ego
Em um elogio que outro
Um comentário, curto e cego
Olhar elaborado e envolto
E assim passei a virada noturna
Na espera incessante, da vida diurna
A pensar nos problemas de amanhã
No esvaziar da mente, com poesia sã
Decimar Biagini, 24 de setembro de 2009,
meia noite, na comunidade Balcão de Poemas
terça-feira, 22 de setembro de 2009
SAUDADE DAQUELA MORENA
Algo que não consegui decifrar
Riscarei em giz como em loisa
Mesmo que o pó me faça espirrar
Tem coisas que não entendo
O que poderia um pobre poeta fazer
Nem mesmo o verso vai respondendo
Pois o que meu coração sente não sei dizer
Costumam denominar de saudade
Nem sei bem por que a chamam assim
É o tipo da coisa que não se chama, na verdade
Nem sei bem por que ela impera em mim
Acho que é culpa daquela morena
Aquela do nome de rosa e de anjo
Mas pensando bem, valerá a pena
Pois ela logo irá acalmar o marmanjo
Decimar Biagini
O TEMPO E O VENTO
OBRA DE UM ROMANCE SEM IGUAL
T RADUÇÃO DA SAGA GAÚCHA
E SCRITA PELO ESCRITOR IMORTAL
M OLDADA NA ESPADA E NA GARRUCHA
P ELAS GUERRAS DA BANDA ORIENTAL
O GAÚCHO MALTRAPILHO E DE ROUPA SUJA
E NCARNADA PELO SANGUE ANCESTRAL
O U BRANCA PELO SANGUE NOBRE IMPERIAL
VÃO-SE OS ANOS NA EFÊMERA LUTA
E RGUEM-SE IMPÉRIOS E BANDEIRAS
N A ESPERA INCESSANTE DA PRENDA VIÚVA
T RAVA-SE O ROMANCE NAS TRINCHEIRAS, e
O RIO GRANDE SE CRIA, NO AMOR E NA BRAVURA
DECIMAR BIAGINI - POETA CRUZALTENSE
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
MEUS DESEJOS A TI
A cada manhã
Tenhas alegria
E mente sã
A cada raio solar
Enebriando-te a alma
Esterei eu a te amar
A trazer a tua calma
Tenhas uma semana maravilhosa
Como as que já tive contigo
A fazer da tua vida verso e prosa
Tendo-me como teu amor e teu amigo
Decimar Biagini
sábado, 19 de setembro de 2009
ACORDEI COM AS ESTRELAS
http://www.youtube.com/watch?v=DmlR4aGfT9Q
ACORDEI COM AS ESTRELAS
Hoje eu acordei ao lado das estrelas em plena luz do dia
Não é sempre que se é agraciado com essa cena brilhante
Tudo o que desejei, extasiado ao vê-las, eu propus com alegria
O quão comovente é o ser tocado pela plena vida apaixonante
O seguir do dia é tão tranquilo no sorver de boas lembranças
As estrelas devem estar agora em outro lugar, não como antes
Mas sentir a energia naquilo que pude ver, ajuda-me nas andanças:
DE UMA VIDA MAIS ILUMINADA
Como que querendo completar a graça conquistada
Pedi as estrelas que viessem a me tocar no meio da tarde
Foi tão intenso o nosso energizar, o tempo virou em nada
Mas suficiente para perceber que não sou de Vênus, nem de Marte
Sou do mundo dos que valorizam a constelação amada
UM MUNDO DE POEMAS REAIS
CUJO RESTO, NÃO ME APRAZ
Decimar Biagini
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
ABERRATIO HOMINEM
Rumo à desintegração
A energia desperdiçável
No trevo da indecisão
O dilema do inviável
Da existência à criação
A temática abordável
Da sapiência à explosão
O pensamento inconfortável
De ser pó nessa dimensão
A ótica do mundo agradável
O conformismo da enganação
O irreparável indenizável
O abraço na confrontação
A venda do impagável
A humanidade é aberração
Decimar Biagini
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
AOS AMIGOS POETAS
Que imenso prazer vê-los aqui
Agradeço a visita, em bom som
Sois responsáveis pelo que senti
Feliz é poeta que pode ser livre
Livre para conquistar leitores
Sentimento maior nunca tive
Do que relatar a todos meus amores
A poesia, a minha vida, a plenitude
A alegria, a família querida, e a juventude
A melodia, que dá guarida a atitude
De querer sempre cantar
Seja em rima seja em versejar
Sem sofrer, em mero pesar
Mas curando os cortes, por curar
Existo de verdade, graças a todos vocês
Grandes responsáveis pela minha cura
A necessidade de elogios em horas difíceis
Me fizeram muito mais que uma criatura
Um poeta que tem amigos e que não sucumbe
Na solidão de antigos pensamentos bucólicos
Pois hoje escrevo com leveza, sem o antigo vislumbre
Decimar Biagini
LIBERDADE POÉTICA
Diferente dos que já tive
Não sei bem a temática
Talvez aí a maior problemática
Eu poderia falar sobre uma carona
Sobre o perfume daquela mulher
Poderia falar da saudade temporona
Mas não é isso que o povo quer
Poderia falar então de sonhos
Do amor pleno que hoje sinto
Poderia falar de pesadelos medonhos
Se disser que não os tenho minto
Eu poderia falar de tantas aventuras
Inclusive as que não tive
Eu poderia falar dos amigos das lonjuras
E dos inimigos, inclusive
Mas tentando fazer um verso livre
Acabei me acorrentando nas rimas do vício
Não creio que eu seja um ourives
Mas gosto das jóias linguísticas, elas sabem disso
Enfim, minha criatividade se acalmou
Aquela ansiedade se dispersou no escrever
O poema livre mesmo, não vingou
Mas me senti livre, no que pude fazer
Decimar Biagini
domingo, 13 de setembro de 2009
UM AMOR A LAPIDAR
Para que eu saiba para onde vai
Retire de minha vida os escolhos
Tem coisa que só com amor sai
Me ajude correnteza abaixo
Mesmo que ambos estejam feridos
Diga-me onde eu não me encaixo
Que me adaptarei aos seus pedidos
Com frequência, torno-me inconveniente
Pois não tenho tempo para debater alternativas
Só peço meu amor, que seja paciente
Pois me preparo para você há muitas vidas
Decimar Biagini
sábado, 12 de setembro de 2009
ENTRE O CHÃO E A ESTRELA
Vi no espaço infinitas estrelas
Ao alcance do meu olhar
Mas só uma pôde me enfeitiçar
As outras, eu preferi não vê-las
Pois só serviam para atrapalhar
Há na terra bilhões de mulheres formosas
Uma delas, tornou-se minha musa eterna
A encher meus versos com nobres esperanças
Fez com que um ogro despertasse da caverna
Hoje, depois que a estrela cadente passou
Caiu, direto em meu peito, e tudo mudou
O poeta fizera das areias da terra as estrelas das alturas
Obra completa que se escrevera em doces ternuras
A transcrever o amor, num capricho de sua sorte
A relatar sem temor, tendo sua musa como norte
Decimar Biagini
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
O HOMEM, O CORPO E O TEMPO
Houve um tempo de desafios
Houve um tempo de calmaria
Houve um tempo de calafrios
Houve um tempo de nostalgia
O homem, o corpo e o tempo
O tempo tenta correr com o vento
O homem freia o pensamento
E o corpo desafia o homem e o tempo
Correr para quê?
Se o prazer está no caminho
Ter corpo para quê?
Se tudo se desfaz sem alinho
O homem é o quê?
Se não um mero pergaminho
A registrar sua reles existência
Na estrofe de seu destino...
Decimar Biagini
terça-feira, 8 de setembro de 2009
AMAR VOCÊ
Posso descobrir o seu mundo e me revelar nele
Um mundo de grandezas em vislumbres originais
Posso ser simples e profundo, ao aprender com ele
Decimar Biagini
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
É NO TALVEZ QUE SURGE A CERTEZA
Do tipo que se coloca em exposição
É mulher rara de fato
Capaz de amolecer o mais duro coração
Talvez tenhamos confundido
O amor com a loucura e com a alegria
Mas o nosso viver foi enriquecido
Com esta doida vida em plena magia
Talvez tenhamos o tangível rejeitado
Aquilo que o mundo acha prioritário
Mas é que no alcance do ser amado
Se pode tocar até mesmo o imaginário
Talvez exista uma solução mais calma
Mas quem ama do nosso jeito não quer só paz
É preciso provar da intemperança na alma
Pois é após a guerra que a tranquilidade se faz
Talvez eu esteja falando bobagem
Mas é que este sensor não existe em quem ama
Quem revela o amor precisa de coragem
É preciso seguir o amor quando ele chama
Decimar Biagini
sábado, 5 de setembro de 2009
A LASANHA DE BOLONHESA
Estava ali a família reunida
O pai ao meu lado e o mano em frente
Estava também a mãe querida
Ah, sim, e uma lasanha bem quente
Era a tal da bolonhesa
Que me encarreguei de prepará-la
Todos reunidos a mesa
Chegada hora de devorá-la
O cheiro já prefaciava que seria sem igual
Tinha queijo chedar e pedaços de champignon
Molho pomarola, salsaretti, tempero e sal
E tinha o tal do guisado, melhor que filé mignon
Mas o melhor de tudo, estava para o final
O sorriso da família e os elogios em alto e bom som
Decimar Biagini
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
SONETO AO DESEJO VESPERTINO
E durante a noite a saudade não te tire o sono
Aceite minha mensagem quero ser teu dono
Que os versos toquem teu coração, sem alarde
Há no amor um momento de superação
Que é do inconsciente desejo bendito
De em puro contentamento por em ação
Que faz do pensamento o amor mais bonito
Ao sentir teu amor eu aqui me alimento
Na loucura dos versos soltos ao vento
Em perpétua saudade de um minuto
Cada beijo teu é a chancela de minha vitória
E o desejo se faz feliz na animada alma
Para que eu possa amar-te daqui até a glória
Decimar Biagini
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
BRINCANDO COM AS RIMAS
Sentada na mesa
Fingi que não vi
Virei sobremesa
Passou-me chantili
E no umbigo a cereja
Tão doce o que senti
Amarguei com cerveja
Decimar Biagini
SONETO AO AMOR SUBLIME
Pois cada dia que passa é um pouco mais
Quando está longe é teu nome que chamo
Fico obsessivo, querendo ser teu dono
Faço versos em tua homenagem e os declamo
Corre-me o suor da ausência, perco o sono
Conforto-me nas palavras que então derramo
Sinto-me disperso, como folhas de outono
Mas o bom disso tudo, é o prazer do encontro
É isso que a diferencia das coisas que não amo
Teu sorriso enebriante chega e me deixa tonto
A vida é mais intensa no calor dos nossos dias
Quando tua permanência se faz presente no verso
E no soneto faço o relato das nossas alegrias
Decimar Biagini
terça-feira, 1 de setembro de 2009
A TUA PEGADA É MINHA TRILHA
Que estava por vir, o passo seguro
Eu parecia prever, o amor puro
Eis que pude sentir, o nosso futuro
Hoje não quero mentir, por isso juro
Que quero eu sair, de cima do muro
Passo então a decidir, pelo futuro
Que o que está por vir, é amor maduro
Atrevo-me a proferir, no verso duro
Que ao contigo conviver, minha dor eu curo
Se um dia eu morrer, não morrerei no escuro
Pois tu podes crer, meu amor eu lhe juro
Que o que pude viver, foi a luz do amor puro
E contigo pude empreender, o passo mais seguro
Decimar Biagini