DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

Entre em contato com o advogado Decimar Biagini

Nome

E-mail *

Mensagem *

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A MÃO DO POETA






Muito além da palma da mão
Ali onde os pássaros regorjeiam
Atraca todo tipo de embarcação
E muitas gaivotas se assemelham

Muito além da palma da mão
Ali onde os sonhos são pintados
Regojiza a alma como peão
E olhos risonhos são revelados

Horizontes costeiros quebrados
Por virtualidade atenuante
Suaves montes altaneiros desbravados
Pelo que era um bruto diamante

O poeta virtual!

Decimar Biagini

domingo, 15 de abril de 2012

OBSERVAR SEM TEMA



Mais um domingo se anunciava
O poeta olhou pela larga janela
Havia um cenário que se acinzentava
Era o inverno próprio de sua terra

Acumulavam-se ancestrais perguntas
Relativas a existência de uma futura guerra
Se haveriam respostas de pessoas cultas
Negativas, com eloquência em cura que encerra

Porém o silêncio do local deixou-lhe sozinho
Não foi suprida sua curiosidade existencial
Tampouco aquela usual tertúlia de passarinho
Na qual pudesse interpretar como divino sinal

O poeta resolveu observar outra janela afinal
Uma janela que fitava os olhos com medo
Não mantendo muito mais que um ledo enredo
A janela da alma, que apontava um inverno existencial

Lá pairavam muitas nuvens espessas que dificultavam o credo
Não havia uma nítida compreensão terrena acerca do fulcral
Espíritos rezavam, outros bebiam, outros levantavam cedo
O poeta fez autocrítica e uma distinção entre o bom e o mau

Saiu então daquele cenário e retornou com outras rimas
Tracejou um poema em relato libertário desprovido de sinas
O leitor e o tema, na janela do imaginário, revelariam suas brumas

Decimar das Silveira Biagini

quinta-feira, 12 de abril de 2012

ABERRAÇÕES 2012


ELEIÇÕES 2012
Promover a banalização
Para desviá-lo com maestria do foco
Dificultar a participaçao
Com falsa democracia de louco

Criar exigências infindas
Para desviá-lo com burocracia do foco
Destruir certas idéias limpas
Para corrompê-lo com hipocrisia de louco

Fazê-lo acreditar numa globalização justa
Para desviá-lo da insegurança local
Obrigá-lo a ficar no sofá, com barriga robusta
Para licitar medicamentos depressivos, e ao final

Dizer que seu voto depende dele. Isso não o assusta?


Decimar Biagini

O QUE VI COMO FILHO DE PROFESSOR



As nuances do enlace
Certo brilho da convivência a dois
Torça para que logo passe
Fase do milho e feijão com arroz

A pobreza é bonita
Se soubermos o que tirar do pobre
A política é fétida
Pois tiram daquele para uma vida nobre

Na mídia, falam em SELIC
Em Eike Batista, e mais uma mina de cobre
De dívida, de como ser chic
De Reiki e boa dica, se o fim se aproxima,  e se chove
Ao pobre, o orkut é sua boutique
Com fake de pessoa rica, sem piso ele ensina, por puro love

Decimar Biagini

Qual tema nos poemas mais te atrai?