
Participo de uma peça
Cujo ensaio
Não é uma promessa
De soslaio
Na cortina que fecha
Nem mesmo a curvatura
Do artista aplaudido
Nem mesmo a fissura
Do viciado ou bandido
Que rouba sem lisura
O mocinho tão querido
Nem mesmo a escritura
De um roteiro empreendido
Pelo artista que procura
Decorar ligeiro e jaz esquecido
Na entrevista sem cultura
De um entrevero sortido
De jornalistas em tortura
Participo de uma peça
Cujo ensaio
Não é uma promessa
De soslaio
Na cortina que fecha
Essa peça, é a vida
Um trem de partida
Em trilha desconhecida
Em cartaz já batido
Da filosofia desprovida
De responder o finito
À platéia entretida
Decimar Biagini
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