DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Viva ao Ambiente Artificial e Nossa Indiferença!

http://www.youtube.com/watch?v=JfLDgjH7guo&eurl



Passeando numa rua da Capital, fiquei impressionado

Árvores pintadas em painéis plastificados

Pessoas desfilam com pássaro estampado

Biólogos vendem alimentos contaminados

Foi quando decidi visitar as praças da cidade

Lá, uma idosa vendia crack e animais domésticos

Perguntei-na se sentia vergonha da sua realidade

Disse-me: só quando faço encontros eróticos

Agora os animais distraiam seu tempo

Com os jovens ela não se importava

Pois eles hoje já não são exemplo,à Nação que antes por tudo lutava

Concluí que todos querem apenas sobreviver sem ser culpados

Levando a vida de uma maneira conformada

Perdemos árvores e pássaros, mas temos buzina e ar condicionado

Nas praças, trocamos o aroma natural, pelo cheiro do Crack

Tinha medo de pensar nisso, mas também tenho responsabilidade

Afinal esse é o mundo inventado do qual também faço parte
(Decimar Biagini)

Como vencer meus preconceitos?


Observar minha mente preconceituosa é como abrir a porta de um quarto entulhado até o teto. Nada sequer consegue entrar, e quando a porta se abre, todos os cacarecos vem despencando.

Meu crescimento cessa; Meu aprendizado é bloqueado. Posso compreender a lógica, mas a lógica não faz a diferença. Você pode afogar-me em razão, gritos, choros e súplicas, mas os seus apelos por racionalidade e justiça de nada servirão.

Como lidar com isso? Se alguém souber me avisa...

http://br.youtube.com/watch?v=xu_TFPS_5LQ

Interessante

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Artificialidade versus Essência

http://www.youtube.com/watch?v=UR2ChAOCz8E

Pense bem antes de aderir à era do silicone...

Novo poema meu sobre uma não tão nova obsessão.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Soneto Livre ao País Escravo

http://www.youtube.com/watch?v=fPlri6Pm9G8

Fecham as eleições
Dispensam a patuléia
Poucos tomarão decisões
O resto já se faz idéia

As urnas foram contabilizadas
Semi-analfabetos contratarão assessores
As almas já foram compradas
Exoneram-se os parentes colaboradores

Os sangue-sugas já não entrarão em festas reservadas
O povo continuará na fila com suas dores
Daqui a dois anos teremos mais abraços em pessoas desdentadas

Nada muda aqui em pasárgada
A monarquia jamais foi hipócrita
Vale quem é amigo do Rei, o resto não vale nada

(Decimar Biagini, 27 de outubro de 2008)

Anoitecer nas Coxilhas - Homenagem à terra de Érico Veríssimo


Ouço além, na tarde que se finda
o grito do urutau no restingão distante
o clarão sanguineo do sol encobre ainda
os coxilhões que ficam mais adiante

Dos graxains, o grito aquidistante
nos trigais pela campina infinda
os quero queros, na ronda altisonante
sobrevoando uma tapera linda

Qundo a tarde vai morrento no poente
ouço murmúrios da sanga na torrente
fertilizando o solo em toda a parte

A brisa que vem desses soturnos brejos
bate em meu rancho entopilhando beijos
que o vento trás para enfeitar minha arte

terça-feira, 28 de outubro de 2008

MENDICÂNCIA

COMO É TRISTE VIVER DE CIDADE EM CIDADE
COMO VELHO ANDARILHO SEM VIVÊNCIA!
SEM PODER TER UM LUGAR DE VERDADE
SENDO UM SER VAGO, SEM ESSÊNCIA

VIVER SEM CARINHO, SEM UM AFAGO
TROPEANDO SOLITO UMA EXISTÊNCIA!
ANDAR COM MEDO, DE UM JEITO AMARGO
E PEDINDO ÀS ARANHAS, PELA CLEMÊNCIADEPOIS,

TANGENDO AS LONCAS DO INFINITO,
REPONTANDO MARGURAS COM SEU GRITO

PELO ACASO SEM FIM, CARREGANDO UM FADOA LUZ QUE CINTILA, A LUZ DOS ASTROS,VAI CLAREANDO A ESTEIRA DE SEUS RASTROS
UM SER PERDIDO. POBRE MENDIGO.
(Decimar Biagini, 28/10/2008)

Soneto Livre às Caçadas Livres - Amor Leonino

Soneto Livre às Caçadas Livres - Amor Leonino

Ouço canções dizendo um "nunca mais"
Suave evocação d'antigos desvaneios,
mas, gemem à distância, os novos casais
Outros amores vou vivendo, desistir jamais

Floreiam comigo místicos anseios,
onde se agitam taras naturais
São ouvidos um tilintar de freios,
voltando a amar, como meus ancestrais

Com o faro aguçado, sigo novos rastros
Sentindo nova pele, com desejos vastos
Minha fantasia leonina, sempre quer mais

Trago do amor, fantásticas visões
O prazer pode ser dor, novas sensações
Eis que me entrego, observando os sinais
(Decimar Biagini, um eterno leonino apaixonado, 28 de outubro de 2008) http://www.youtube.com/watch?v=xKqLUZPgBkE (Veja no youtube)

Soneto Livre aos Leitores Livres

Meu caro leitor... escutais agora
o afago imenso por ti, o meu encanto
O poeta tem dor, também ri e chora
Que o amor intenso, contagie seu canto

Se um dia minha dor for embora
Versos a fazer não irão faltar
Buscarei a tua dor por aí a fora
Só para te entender e te consolar

Unidos continuemos desafiando a vida
tardes de verão com nossa frente ungida
Pelo prazer de ler e poetar

E, juntos, alegres ou chorões, havemos de morrer
Numa manhã risonha ou triste, quando o sol nascer
Cobrindo em luz e calor nosso eternizar

(Decimar Biagini, após sentir o calor humano de seus leitores, 28 de outubro de 2008)

domingo, 26 de outubro de 2008

O AMOR DOS HOMENS PELAS MULHERES

http://www.youtube.com/watch?v=VuqVcZv1OZc
Uma mulher nas mãos de um malandro:
Por melhor que ela fosse,
morreria como flor,
após ele obter sua posse.
Seu amor morre após a conquista
Gosta de tomar a mulher de assalto
Depois de sua, a perde de vista
Já o Galanteador diria:
- Lindos olhos estes teus
- Se Deus a quisesse por um só dia
- Eu desafiaria a Deus!
Mas a mulher que amou
Essa nunca mais a viu
Sentimento lhe causou
Porque jamais a possuiu
Para o Platônico que está amando:
Logo é melhor que agora
Quando sente que não está agradando
Deixa seu ataque para outra hora
Tudo vai procrastinando
Pelo prazer de observar
Já o Machão, assim relataria:
- Desputas, adoro desputas, ganho quando quiser,
- Sempre é forte a mão quando é linda a mulher!
Entre mil perigos
Gosta de disputá-la
Deixa-na após vencer seus inimigos
Isso se também não matá-la
Mas que seria do amor sem o espírito, afinal?
Mas o que diria o Poeta?:
- Uma paixão brutal! - Uma rosa sem pétala!
Pois procura em seu coração
uma linda frasecomo um brasão,
almeja a espada,a espada mantém seu corte
Mas um poeta sem sua frasenão é nada!
Mas por fim, mulheres, é bom ficar alerta!
Seja Malandro, Galanteador, Platônico, Machão ou Poeta
O Amor parece ser assim:
Nem é a frase com entonação
Nem duelo sangrento
Nem só coração
Nem apenas sentimento
É pura simplicidade
Mais simples que tudode rosa se enflora
ao temer, pode até ser mudo
em sendo triste canta
em sendo alegre chora
tem o doce e o amargo da cereja
não escolhe quem persegue
ajoelha quando perde
Vence quando beija
Viva ao Amor e suas formas!
(Decimar Biagini, 27 de outubro)

O Que deu Errado? Veja no youtube

http://br.youtube.com/watch?v=nz_7Zbu15Dk&feature=channel

Na quietude do quarto que me oculto
somente a saudade trás seu canto
se à distância o meu olhar levanto
não mais vejo teu querido vulto
Deixaste comigo um rio de pranto
e, teu sorriso alegre como indulto
um sonho lindo então ficou sepulto
projeção querida que amava tanto
Tudo em vão, não ouviste meu grito?
E, hoje ando buscando o infinito
os fragmentos de meu sonho vário
Porque não se concretizou?
Imagem soberana,
restos de solidão de minha vida humana,
para enfeitar de luz o meu calvário
(Decimar Biagini)

Poema de métricas difusas nas noites confusas

http://br.youtube.com/watch?v=j5Zh03v4650 (Veja no youtube)
Cenário convulso
de letras e histórias
de verdes campinas cobrindo
minha canção
das madrugadas
silentes auroras
do sereno resfriando meu coração
nestes versos
que compus junto a sensações
frente ao orgasmonum silêncio enorme,
murmuraram beijos num relampejo
quase eternodentro da noite
enquanto a vizinhança dorme
Alvoradas de sangue
clarins repicando
murmurio de vozes cortando amplidões
Num vento leve balançando os galhos,
revolve as cinzas que pelos borralhos
guardam tições que a ventania acende
Agora, nas noites deste chão,
noites serenas, vou curtindo as loncas
destas PENAS, que se manearam,
comigo, na SAUDADE!
Restam as lembranças
de murmúrios de amores varandoinfinitos,
de novos amantes
pousando
ao relento...
e, nos entreveiros
que o afago sangrava
luzia altaneira a espada do vento!

Decimar Biagini (26 de outubro)

sábado, 25 de outubro de 2008

+ Vídeos

  1. http://br.youtube.com/watch?v=V7i3MU_6Drs 

SONETO LIVRE AO AMOR LIVRE

Que a mão da vida contenha nossos corações
Que possamos viver juntos, sem nos aconchegar por demasiado
Sabedores que somos que alicerces erguem-se com marcos, e separações
Mas também, que os pinheiros crescem à sombra um do outro

Cantaremos e dançaremos juntos,
sendo demasiadamente alegres
Mas não esgotaremos assuntos,
antes disso, fugiremos como lebres
Amar-nos-emos mutuamente,
mas não nos enalteceremos
Pois haverá também tempestade,
Entre as praias de nossa alma
Eis que a tempestade ficará calma
Será aí que nos aproveitaremos
(Decimar Biagini)

SENSAÇÕES

http://br.youtube.com/watch?v=m8A193L8ruY 


Cortam-me feito lâminas os sentimentos

chegam a galope os pensamentos

As mãos se encontram inquietas

os olhos se perdem confusos

de trapos são feitas as pernas

os lábios permanecem mudos

Fundem-se a paz e o tormentotudo ocorre a um só tempo

O peito ameaça explodirjá que faço dele cativeiroonde guardo uns tiros certeiros

que se soltos podem ferir

Na cabeça apenas vertigemas lâminas atingem o coraçãoos galopes vem e vãoos neurônios sobrevivem

São difusos os momentos

São tão fortes os momentos

que os desejos se entregam e procuram um novo mundo

E a vida tão secretase revela em segundose entre tiros e venenos

eu me arrisco como o vento...

Escrito por Juliana EirasProduzido e Narrado por Decimar Biagini

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Morte do Poeta Amador



Agora tudo é saudade
pouco adiantou minha espera
hoje não resta mais nada
alguma alma penada
na ronda do Campo Santo
o urutau com seu canto
assombrando a Madrugada
Assim, sem ocupação
vai se finando o escritor
para o sono sem dor
um céu borrado de luz
destino mau o conduz
a desolada sapiência
Marcando o fim da existência
lá no gramado, uma CRUZ

Que se erga um pedestal
ao poeta desconhecido
somo símbolo enternecido
de sua sobrevivência
escrita com imponência
em pedra talhada ou bruta
a nobresa absoluta
do poeta sem decadência
(Decimar Biagini, 24 de outubro de 2008)

* Canto do Urutau

http://www.fotograma.com.br/_galeria_animais_aves.htm

O que deu errado?

Na quietude do quarto que me oculto
somente a saudade trás seu canto
se à distância o meu olhar levanto
não mais vejo teu querido vulto

Deixaste comigo um rio de pranto
e, teu sorriso alegre como indulto
um sonho lindo então ficou sepulto
projeção querida que amava tanto

Tudo em vão, não ouviste meu grito?
E, hoje ando buscando o infinito
os fragments de meu sonho vário

Por que não se concretizou? Imagem soberana,
restos de solidão de minha vida humana,
para enfeitar de luz o meu calvário?
(Decimar Biagini, em depressão profunda provocada por um dos meus tantos eus)

COLETÃനിയACRÓSTICOS

ACRÓSTICO


As palavras se cruzam
Considerações são feitas
Rapidamente também mudam
Ópio que tu aceitas
Sem perceber te transmudam
Trama semântica
Incrível distração
Cômica, dramática ou romântica
Outra palavra sugerirão


MALUCA

Muitos crimes prescrevem bons sonhos
Acontecendo em locais proibidos
Ladra de beijos
Uivos seus enlouquecidos
Crivando-me de balas amorosas
A cena do crime coberta de rosas



MERGULHO
Mesmo que eu fuja
Escandirei minhas sinas
Rumo a mil léguas submarinas
Ganharei a pérola que perdi tantas vezes
Uivarei dentro dágua
Lindas bolhas sairão
Hoje, depois de alguns meses
Ouvirás o meu perdão

TECLADO
Teclar é como roer as unhas
Envolve um descarrego total
Comece a teclar naquilo que te propunhas
Leia depois e verás qe não fostes mal
Assuma o lado poético

Desperte seu lado emocional
Ouça seu interior, mesmo que patético


Harmonia

Hoje
Assisto
R indo
M eu
O utro
N ascer
I ncrivelmente
A gressivo


DOCE

Dê-me um pouco do seu mel
Oculte meu lado agressivo
Caminhe comigo até o céu
Ensina-me a não ser impulsivo



Intolerância


Inquieto tento mais uma dose
Numa queda ainda pior
Toda dependência me comove
Ouço a voz de alguém superior
Litígio doido que quase me mata
Eis você com aquela conversa chata
Rôer as unhas já não é suficiente
Acho que cicuta será mais eficiente
Nunca pensei que iria desmoronar
Coisa de maluco esse seu olhar
Instigando-me a atraí-la com meus cortes
Assassina! Colecionadora de mortes!



HEMATOMAS

Hei de retornar aí
E encher você de manchas
Mutilarei seus sentimentos
Assim sairei daqui
Turva como a água atrás das lanchas
Ouvirá sussurros antes de dormir
Meu sangue se juntará ao seu
Assim amenizará o que sofreu
Suas escoriações hão de ressurgir


ROSA

Rosa na boca
Olha que louca
Sábia liberdade
Assume a verdade


Computador

Consome-me no fogo
Olhar o incêndio não basta
Msn vira jogo
Ponha lenha no teclado
Usufrua da distância que nos afasta
Termine com essa fogueira acesa
Acabe comigo para que nasça de novo
Domine, conquiste, vire a mesa
Oprima a dor da solidão que massacra
Reine até mesmo onde não há povo



CAMINHO


Corre o vento vago
Arrastando as solidões
Minha alma é um lago
Imerso de indecisões
Nado em ondas
Higienizo decepções
Ouço braçadas


AVIÃO SEM ASA

A sas da imaginação
V iolenta turbulência
I nclinam numa direção
A frontam a paciência
O utros ventos a levarão

S onharei sozinho
E mbriagando-me com vinho
M as sem seu carinho


A ssim que mudar o vento
S oltará seu para-quedas
A frontando-me em novo tempo

Críticas, inveja e incompetência de um escriba amador


Tenho medo de generalizações
Respondo por minhas experiências
Não quero morrer sem decepções
Pois elas têm das suas conveniências

Hoje carrego vinte e seis anos
Mas nem sempre de constante solidão
Gabriel Gárcia Marquez teve seus enganos
Pois seus novos leitores o compreenderão

Triste daquele que não deixa legados

Queria eu poder ser um grande escritor
Não criticaria os nobres antepassados

Quanto mais insisto pior me expresso
Minha má técnica vai se revelando
Confesso que sou um péssimo escritor

(Decimar Biagini, 13 de outubro de 2008, depois de 10 horas consecutivas poetizando na Comunidade Fernando Pessoa)

Soneto: Elogios



Prezados amigos, quanta gentileza
Apraz-me receber os seus incentivos
Sou iniciante que traz a incerteza
Mas certo de que tenho meus motivos

Insisto no que já se foi e meu não foi
Recebo notícias ruins a cada hora
As palavras surgiram como refúgio
Mas não desejo que me levem embora


Nova regra de escrever almou meu ser
O soneto fez-me como Deus ao mundo
Cumprirei com meu destino o meu dever

Eis que o mundo é imperfeito, eu sei bem
Indiferente ao que há em conseguir
O amador busca talento que não tem

Análise após recitar Fernando Pessoa

Aquele poema tem uma estrutura muito peculiar
Mostra a mutação de Fernando Pessoa
Como navegante a desbravar
Sempre fiel a palavra dada e a idéia tida
Tudo mais, segundo Fernando, é com Deus
Ao recitarmos velejamos com o falar
Desgarrados ou não, somos filhos seus
Eis o mistério que possamos revelar

Seremos pegos com os olhos encantados
No sentido da vida sempre a buscar
Ou então, tristonhos, vermelhos, entediados
Recitaremos do esfíngico ao fatal
A mão sustenta, em que se apóia o rosto
Talvez como Fernando o fez em Portugal
(Decimar Biagini, 14 de outubro)

Morrer

Tenho medo do que eu possa concluir
Por não ser eu dos seus
Tenho medo de analisar sem sentir
Se sentires medo, ores para Deus

Vontade de morrer,
Sem honra, sem graça
Quem não a admitiu ter?
É quando um vento frio passa

Trovando livremente pela amizade

Bom dia minha amiga
sou um ser carente
Enrolado como lombriga
jeito de adolescente



Obrigado se causei impressão
seja ela boa ou ruim
A cada amigo, nova obra nasce
é poema sem fim



Na noite escrevestes teu cantar de Amiga
E ouve um silêncio nas comarcas contíguas
Desejo muita luz em nossas vidas
Espero que o que tu sonhares consigas



Que auréola te cerca?
Que nossa amizade não se perca
Esperança consumada
Na imensidão de nossa estrada



Veremos a vida multicor
Sem precisarmos pintá-la
Melhor é não sentirmos dor
iremos somente a observá-la



Amaremos, esse cantar, jovem e puro
Buscaremos o amor por buscar
Não há ser que não seja obscuro
Basta o amor, querer revelar

Saudade

Lembrei de vocês enquanto viajava
Eis que senti falta dos acrósticos
Meu caminho mudava e me encontrava
Burlei receita médica e diagnósticos
Raramente saio dessa comunidade
Adoro ver união de religiosos e agnósticos
Renovei meus votos, eis me aqui, de verdade


(Decimar Biagini, antes da Comunidade Fernando Pessoa receber pessoas não gratas)

Sintonia

Que coisa mais chata isso que rola com a gente
Quando penso em falar você sempre fala
Quando você pensa eu falo sempre
quando você vem com a cerveja na esquina
eu estou indo com o abridor, isso é sintonia na mente
Você tem as palavras, eu tenho a rima sempre

Dormir ou não dormir?

Não durmo
pseudo-poetas nunca dormem
Sigo o rumo
Enquanto as palavras não me absorvem


Tome miosan
É tiro e queda
Deixa a mente sã
Dormindo como pedra

MSN

Como o msn ensina boas maneiras?
Você não pode pedir a atenção de alguém com tanta freqüência.
Pessoas carentes e suas asneiras
E o msn a frizar frases com estilo, parcimônia e proficiência

Feliz dia nublado



Estou tão feliz com esse dia cinza
pois escuto os passarinhos cantarem
anunciando nova chuva
prefiro o canto, à paisagem

O Urutau

Urutau é uma Ave noturna, que canta com dor
Batizada pelos índios como pássaro fantasma
Seu canto é inesquecível e também assustador

Tão triste,tão triste,
que está mais para carpir do que para cantar
Nada igual existe
melhor do que eu escrever é você escutar*

Decimar Biagini
* Som do urutau:http://www.fotograma.com.br/_galeria_animais_aves.htm

Acróstico Livre: SENSUALIDADE

Sábia técnica de conquista
Encantas de formas misteriosas
Nudez nem sempre é bem quista
Suavidade no toque, como nas rosas
Ultimamente abusam da provocação
Assumem uma artificialidade a todo custo
Limitando tudo à banalização
Injustos que são com silicones e grandes bustos
Duelam como em uma competição
Assim plastificam as flores e matam a adolescência
De modismos que passam e se vão
Encantado fico quando lembro de sua essência

A Importância dos amigos no final de uma relação

É para os amigos que os insensatos recorrem quando um amor doentio acaba
Já o amor sadio, mantém as amizades como um equilibrista deve manter todos os pratos sem focar em um só
Não ter com quem comentar que esta vivendo um conto ou ficando com uma fada
É como ser personagem de um filme que jamais foi lançado
(Decimar Biagini)

O que me diz o vento que പസസ?

O vento que passa diz que com ele meu tempo aqui na terra vai passando, cabe a mim descobrir se farei da minha vida e da das pessoas que me cercam, uma brisa, um minuano, um sudoeste, um ventaval, uma tempestade, um furacão!!!

Amigo Virtual

Se depender do teu olhar
Ficarei sem palavras
Minhas mãos travam ao teclar
Onde mesmo que tu estavas?

Vento que passa e me diz
Que tu és admirável
Com tua poesia feliz
Tornando-me mais saudável

Vamos vestir a esperança
adeus mundo das sombras
Quem espera não cansa
é como ouvir milongas*
* A milonga originou-se de uma forma de canto e dança da Andaluzia, Espanha, que, nos fins do século XIX, popularizou-se nos subúrbios de Montevidéu e Buenos Aires. No Brasil a milonga tem destaque no estado do Rio Grande do Sul, fazendo parte das tradições gaúchas.
Também são chamados milongas os bailes onde se dança o Tango e, por extensão, aos locais onde esses bailes se realizam. Tradicionalmente, numa milonga baila-se o Tango, a milonga e o vals cruzado, ou vals argentino (uma variante da valsa Vienense). Outros ritmos típicos que se podem encontrar numa milonga, são chacarera e a salsa.

Algumas Aspirações sem Inspirações

Q ueria poder pintar um quadro
Pintaria a nova pessoa que sou
É importante registrar meu estado
Pois amanhã direi que tudo passou
Queria fazer uma crônica
Para contar coisas simples
Poderia até ser cômica
Sem muitos requintes
Queria que não me interpretassem mal
Dizendo que estou depressivo
Ser sozinho é ser também natural
É amar meu estado de espírito
Confirmando quem eu sou
Talvez não queira mais nada
Feliz de quem se contentou
Com uma casa em Pasárgada
Decimar Biagini, num domingo qualquer

Poema à Psicóloga de olhos verdes-mutante

Se me permite
deixarei um recado
Antes que se auto-indique
serei educado

Marcarei uma consulta
Pois sou um ser inteligente
Convicto de minha culpa
Reconheço estar doente
Nunca fui em psicóloga
Pois sei também decifrar
Sou um pouco ególatra
Mas afeto vou demonstrar

Gostei da sua proposta
Talvez um dia possa ligar
Farei então uma aposta
Para que possa ganhar

Aposto uma análise
Como vais me entender
Minha voz em meia frase
É fácil de aborrecer

Se acaso duvidar
Confira no Youtube meus poemas
Digite Decimar
Verá que além da voz tenho outros problemas
No entanto anotei
Aquilo que me mandou
Afinal nunca se sabe
Por que Deus lhe enviou

Boa sorte com as análises
Existem casos perdidos
Sou homem de muitas fases
Causo inveja aos enlouquecidos

(Decimar Biagini)

Ficção quase real

por todo lugar que pise
uns não podem mais pisar
reumatose, artrose
os impedem de dançar

escrevem trova e canto
deslizam no teclado
seus dedos causam espanto
tamanho é o inchaço

minha vó, dançarina antiga
mostra-me hoje o álbum
de quem dançava ventre sem barriga

anda se arrastando
melancólica e nostálgica
aos poucos vai se matando

(Decimar Biagini)

Postando onde não deve

Os homens são mesmo perseguidos
Não podem postar em alguns lugares
Sentindo-se totalmente preteridos
Insistem e fazem poemas aos milhares

Eis que os homens são a cabeça
As mulheres comandam, são o pescoço
Elas sempre querem que ele permaneça
Parado como cachorro querendo osso


Deletarás de novo, não há problema
Mulheres casadas sabem o que fazem
Manterei sua amizade, pois vale a pena
Guardarás meus versos como imagem

(Decimar Biagini)

Regressões e “Sonetações” (Sonetos Comunitários na Comunidade Fernando Pessoa)

Perdi-me no caminho à tua procura
Voltei ao meu passado de menina
E neste sonho que é quase loucura
Não sei onde começa e onde termina. ( Vênus)

”Sonetaremos” enquanto tu regrides
muito da regressão também é cura
Te acompanharemos enquanto rirdes
das coisas que fazes enquanto menina (Decimar)

Depois voltarás com muitas novidades
Vindo a inserí-las em teus sonetos
Com pureza e despida de vaidades (Decimar)

A métrica regrada não importará
Tamanha a liberdade do passado
Então que outro poeta regressará (Decimar)

Soneto livre e Amor livre


Que a mão da vida contenha nossos corações
Que possamos viver juntos, sem nos aconchegar por demasiado
Sabedores que somos que alicerces erguem-se com marcos, e separações
Mas também, que os pinheiros crescem à sombra um do outro

Cantaremos e dançaremos juntos,
sendo demasiadamente alegres
Mas não esgotaremos assuntos,
antes disso, fugiremos como lebres

Amar-nos-emos mutuamente,
mas não nos enalteceremos
Pois haverá também tempestade,

Entre as praias de nossa alma
Eis que a tempestade ficará calma
Será aí que nos aproveitaremos
(Decimar Biagini)

DECI AMAR

Os caminhos duros e difíceis do amor
Atraíram-me em tango arrepiante
E assim como levaram-me ao esplendor
Deixaram-me com um cérebro ignorante

Jantar Sozinho (Soneto Comunitário na Comunidade Fernando Pessoa)

Olho para as velas em cima da mesa
Coloco dois pratos, como que num ritual
A toalha vermelha teu sangue me lembra
Na espera de um vôo de dor sem igual (Decimar)

Nesta meia luz, só vejo a tristeza,
Quero acreditar em outro final
Nesta solidão, de grande incerteza
Numa taça de vinho afogo o mal. (Camélia)

Antes fostes tu, apenas Abduzida
Pelo bem da minha triste esperança
Só me resta então tua linda lembrança (Decimar)

Maldito seja aquele acidente
Que levou contigo minha pobre alma
Mas um dia, seremos só nós novamente (Decimar)

Saudações de Aniver para amigos que estão longe

Parece que foi ontem que você aniversariou
Desejava-lhe toda sorte do mundo
Mais um ano se passou
Eis que muita coisa mudou
Menos nossa amizade
Na distãncia acompanho seus passos
Companhia de verdade
Virtualmente estreita os laços
Feliz Aniversário

(Decimar Biagini)

Soneto Livre do Guri Maluco



Sinto-me um guri atrevido
Queria poder mais absorver
Talvez na infância que tenha tido
Fiz meu jeito índigo de ser


Em tudo que observo
Nada posso fazer
Meu instinto preservo
Sou louco para valer


Sou um humilde servo
Das poesias simples
Pelo prazer de sentir e ser

Se não tenho correspondido
É porque ando escondido
Tentando viver

Virtualidade



Sabe aqueles dias que você tem vontade de dormir por uma semana
Sabe aquela hora que nada lhe faz sorrir
Pois é, isso acontece quando se está longe de quem se ama
Como é bom estreitar isso, e os amigos curtir

Obrigado por suas postagens
Meu cantinho vai ficando cada vez mais nosso
As leituras são viagens
Vou lendo ao máximo, tudo o que posso

Já me peguei lendo em Francês
Sem nada entender
Já arranhei versos em japonês സ്ട്സ്ദ്

Só pelo prazer de ler
Absorvendo como esponja
Vou intensificando meu viver

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Soneto do Duelo



Ontem a noite, encontrei minha parte racional
Estava deitada na cama, ela cheia de defesas
Sempre encarava a vida conforme seu manual
Mal sabia da minha fama, eu cheio de proesas

Travaram-se conjunções e discussões
Relatos de decepções, lágrimas e incertezas
Gemidos, delírios, fantasias e provocações
Cenário de guerra, entre mordidas e delicadezas

Eis que termina a grande batalha
Em casa registro tais situações
O amor cortou-me com sua navalha

Surge então a reflexão natural
É aí que o poeta se atrapalha
Entre a verdade e o surreal

(Decimar Biagini, 23 de outubro)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Outros vídeos-poema meus no youtube

http://br.youtube.com/watch?v=XgXoHfrHK5E

Mulheres

As mulheres todas são mistérios
Cada uma é todo o mundo a sós
Ó mulher de reis e avó de impérios
Vela por nós
Pobres de nós homens incompletos
Que naqueles seios nos amamentamos
Mal sabemos que somos repletos
De perfeições que não revelamos
Que as mulheres nos confrontem com olhares
E lá nos descobriremos
Que possamos desbravar naqueles bravos mares.
Mesmo que eu fuja...

(Decimar Biagini 12/out/2008)


http://br.youtube.com/watch?v=XNj94NXWPRE

Imagem Sacra

Uma imagem sacra, um pecado santo.
Um mistério a desvendar.
Cada um no seu canto.
A liberdade a rondar.
No meu desatinado encanto.
Requisito para o céu,
será que cumprirei algum?
Ó dúvida cruel.
Consumiria qualquer um
Ou somente eu, sem talento nenhum?
Queria tocar clarinete
Anjos fazem falta
Pegarei um estilete,
farei uma flauta,
mas não sei tocar!
Será que vão aceitar?
Melhor nem tentar.

(Decimar Biagini)

http://br.youtube.com/watch?v=QaDi6BAE_oc

Pesadelo ou Sonho?

Vi uma pétala numa poça de sangue;
uma menina chorando num quarto sombrio.
Seus pulsos cortados me davam calafrio.
Seu olhar arrependido não lhe dera outra chance
Pensei no que a levara a tal destino.
Mas antes que pudesse tirar conclusões,
vi um feto no chão, parecia um menino.
Nada a ser feito no conserto de desilusões.
Na cena daquele assustador auto-flagelo,
percebi seus lábios com batom borrado.
Vi também seu querido urso todo esfacelado.
Quem foi o monstro afinal?
Foi que presenciei a chegada de um vulto no local.
Era a sombra projetada da foice da morte,
que sempre ronda os insensatos.
Olhou para mim, como quem recusa um prato.
Disse-me: - você tem muita sorte, aquele feto poderia ser você
Sabe-se la qual a melhor hora de se chegar ao céu
Lembrarei eu dos natais? Dos olhos embriagados de noel?
Será que minha família fugirá de minha vista?
Ou esquecerei dela como esqueci da minha última entrevista?
Verei anjos tocando clarinete por sobre as nuvens?
Afinal anjo da morte, quando mesmo que tu vens?
Mas o Supremo está lá, observando tudo daquele lado,
governando o lugar onde eu quero viver para sempre.
Céu, lindo céu, será que estou preparado?
Mas e a menina? Para onde ela foi com aquele bebê?

(Decimar Biagini)

http://br.youtube.com/watch?v=SNOj2NtkQA4

Falácias Formais

Vejo juristas sem paixão,representam um aborto legal;
Raposas investigam na lei do cão,
com quebra de sigilo débil-mental.
Pessoas normais ligam direto para seus psiquiatras,
ao invés de conversarem com as outras sensatas;
Candidatos inseguros perguntam o que poderiam fazer,
esses não ligam para ninguém, só para o dinheiro.
Se o Brasil fosse um ser humano;
a corrupção seria um encosto.
Como não é, só querem seu trono;
se apoderar de almas,
criar imposto.
(Decimar Biagini)

http://br.youtube.com/watch?v=a4UT9uZSuag

Triste Sina de Um Poderoso Chefão

Ah, droga, poderei dizer então, sentindo-me preterido.
- Dê-me um pedacinho da sua torta.
Pegando o seu garfo
e espetando um pedaço de carne juntamente com um de cebola.
Não posso obrigar ninguém a comer torta de guaxinim,
delegarei o poder de rejeição,
melhor assumir a posição de não perder,
mantendo-me fechado contra toda argumentação.
Triste sina de um Poderoso Chefão.

(Decimar Biagini)

http://br.youtube.com/watch?v=0JTzge1XXN0&feature=related

Velha infância

Meu problema de memória, durante a infância, era inteira desgraça.
Indo ao Mercado no domingo, escrevia a lista na mão sem que ninguém visse.
até que um dia, cançada de ver minha mão fechada a cigana me disse:
- Moço bonito! Posso ler sua mão? É de graça.
E eu pela primeira vez aceitei, respondendo triste:
- Pode, mas lhe digo daqui, está escrito batata, limão e cachaça.
(Decimar Biagini)

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Racional ou Emocional? - By Decimar Biagini

http://video.aol.com/video-detail/racional-ou-emocional-by-decimar-biagini/990644235/?icid=VIDURVHOV06

Nós temos mania de tirar da cabeça o que está no coração

Sempre existe um belo jeito de fugirmos de nós mesmos

É como desligar o rádio no meio de uma ótima canção

Para onde iríamos vagando de dimensão em dimensão?

Na noite vou conhecendo um pouco mais sobre mim

Penso que já é tarde melhor mesmo é dormir

Toda conversa é boa quando ela chega ao fim

Conversar comigo mesmo é entrar sem sair.

(Decimar Biagini, Advogado e Escritor)

Poeta Amador - By Decimar Biagini

Casamento de dois sonetos que escrevi

Narrei, editei e postei no youtube

Escrever não é melhor do que sentir

Mas fiz dessa arte o melhor que eu pude

http://br.youtube.com/watch?v=GbBvks5UlWQ

Qual tema nos poemas mais te atrai?