DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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sábado, 30 de outubro de 2010

LEMBRANÇAS

Ainda hoje
tu estavas aqui
a confundir o poeta
fazendo o verso rir
agora que a saudade aperta
ligo para ti e vou dormir
tentando sonhar na hora certa
para no sonho evitar o teu partir

Decimar Biagini

SOLITUDE VERSÕES EM VÍDEO

http://www.youtube.com/watch?v=b5wVEto5x80 Minha





http://www.youtube.com/watch?v=uHIg4PaxsAA Audiverimus



SOLITUDE

Da ternura de um amor impossível
Renasce o sonho de tentar me amar
Em mim o futuro será mais plausível
Pois ninguém morrerá em meu lugar

Em mim depositarei toda expectativa
E somente eu serei capaz de frustrá-la
Em uma plenitude mais clara e objetiva
Só a própria alma é capaz de amá-la

É hora de buscar minha única sintonia
Saber qual a música que mais me apraz
Buscar felicidade nos outros gera agonia
Essa frustração não desejo nunca mais

Talvez eu imprima um costume caseiro
Ou liberte novamente o boêmio
Ou então, largue tudo e vire aventureiro
Talvez faça caridade e ganhe um prêmio

Só não quero me afogar em águas alheias
Que seja então na profundidade de minha alma
De que valem projeções, quando só meias?
Quero a intro-felicidade, a fim de ter mais calma

Olharei todo dia no espelho que fiz para mim
Para ver se meu sorriso se transforma em magia
E talvez dessa forma seja feliz assim
Sentindo a vida mais leve, terei alegria

Vi tanta coisa perdendo o viço
Caiu tanta chuva em pranto
Tem coisas que já não cobiço
Mas por que perdi o encanto?

Talvez ao projetar-me demais
Retornando já não sabia quem era
Esse novo eu agora me satisfaz
Quero ver se domino em mim esta fera

Decimar Biagini

A ETERNA BUSCA

A ETERNA BUSCA

Eu queria manifestar
A essência do poeta
Não apenas relatar
Experiência ou meta

Nessa terra não há
Ninguém comparado
Tudo está onde está
Nada está ao meu lado

Desculpai-me leitor
Pela prepotência
Meu verso não terá dor
Sequer benevolência

Não é um relato
Do mestre silencioso
Não é algo exato
E sim algo pretencioso

É o grito sufocado
Sem tom espirituoso
Não é um recado
Ou criticar sulfuroso

É a busca do meu eu
Num lugar auspicioso
Lá onde o tempo esqueceu
Um poeta vitorioso

Decimar Biagini

http://www.youtube.com/watch?v=kXKNgt19kZg Assista o vídeo...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

ÚLTIMO AVISO

Pega teus pertences
Entrega teu crachá
Aqui tu não permaneces
Não terás colher de chá

Vai-te embora maltrapilho
A firma não precisa de ti
Não me importa se tens filho
Nem se dedicado fostes aqui

És apenas um número
Um currículo testado
Suma daqui seu energúmeno
Não me venha com atestado

Empregado meu não adoece
Nem fica no INSS encostado
Não quero ouvir tua prece
Sequer dar-te-ei algum trocado

Decimar Biagini

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A MARVADA DA DESCULPA

E aí tio, como foi de pescaria
Rapaz, muito mosquito
Ainda cheguei e apanhei da tia
Pois não prendi o cabrito
E ele quebrou a torneira da pia

Não entendi tio
O que tem a ver com o bode
Deixa para lá
Com minha divagação ninguém pode

Tio, mas afinal, você vai pescar ou beber
Por que pergunta guri levado
Não é que eu vi você chegar ao alvorecer
Com um peixe carimbado
Pelo jeito a pescaria é desculpa para beber
Que nada, nem tô embriagado
A tia já falou que na próxima
o senhor vai dormir na casa do bode
Ih, rapaz, melhor ir pescar com o bichano
Pois só assim durmo com alguém que fode

Decimar Biagini

sábado, 23 de outubro de 2010

SOTURNO E SALUTAR

Viajei para um terreno nostálgico
Visitei soturnos brejos existenciais
Tomei na regressão o veneno lisérgico
Avistei rumos em relampejos não usuais

Libertei a criança que esqueceu de crescer
Ela corria feliz ouvindo coaxar de sapos
Ela tinha todo direito pois nasceu para morrer
Então o que fiz foi vindo a juntar trapos
E nesta colcha de retalhos o destino pude ver

A minha necessidade de abandonar
Atitudes negativas dispersas no versejar
Vinha em ansiedade sem gosto no olhar
Virtudes positivas foram renovadas ao viajar
Redundante verdade sem imposto a pagar

Agora vim relatar a você leitor de trajetórias
Para que possa libertar suas características mentais
E possa analisar as crenças em tarefas inglórias
Vá ao passado, visite seus brejos existenciais!

Decimar Biagini

domingo, 17 de outubro de 2010

DOIS ANOS DO BLOG

Meu blog já completou dois anos
Já fiz duas mil terapias em forma de poema
De lá para cá muraram meus planos
A poesia tomou conta de minha pena

O tinteiro que hoje carrego é sangue
Vejo o pulsar dele em meus poemas
As vezes sou um caranguejo no mangue
A andar de lado fugindo dos problemas

Este andar de lado, cujo digitar acalma
Em linhas horizontais que carregam a alma
São hoje meu legado, dois anos sem trauma

Decimar Biagini

sábado, 16 de outubro de 2010

OBITUÁRIO FILOSOFAL

Morrer,
cair como um grão de areia
no deserto da existência

Do que viver cara feia
em norte que desnorteia
dessa obsolescência

Fenecer,
como fora d’água uma sereia
na secura da insolvência

Do que a banheira cheia
mas preso numa cadeia
entre hipocrisia e carência

Esmorecer,
subitamente como uma abelha
após soltar o ferrão pela indecência

Do que ser como ovelha
sem progresso ou centelha
nas fronteiras da demência.

Decimar Biagini e Wasil Sacharuk

SONETO LIVRE AO PENSAMENTO

Quando focalizo minha energia
Sem ater-se ao ressentimento
Meu improviso faz a poesia
A qualificar o meu pensamento

Uma mente aberta e oxigenada
O próprio bem como sentimento
Simplesmente completa o nada
No ópio do vazio do senil momento

Acredito no poder das palavras
Mas elas não trazem nossa voz
Precisam ser semeadas em lavra

Pois nesta sesmaria de solidão
Onde flexível é o ponto de vista
A semente brota sem ter chão

Decimar Biagini

A VOZ SILENCIOSA

Dias se passaram em recesso
Resultados instantâneos
Incitaram-me ao regresso
E os versos espontâneos
Relataram meu progresso

Apenas um período
Tentando me abstrair
Buscando conteúdo
Tentando me ouvir

Conversar comigo mesmo
É entrar sem sair
Como disse por aí a esmo
É um grande estudo
Pois respondo mesmo mudo
À razão de existir

Decimar Biagini

domingo, 10 de outubro de 2010

PONTO E VÍRGULA OU PONTO FINAL?

Dizem alguns alfarrábios
Que nada se perde
Na encarnação obtida
Então digam-me os sábios

Tirem de mim esta febre
Onde me encontrei nesta vida?
Dizem alguns alfarrábios
Que nada se leva

Que contradição danada
Então me digam os sábios
Se a alma se conserva
Como não se leva nada?

Tudo passa e tudo fica
Já disse alguém em algum lugar
Se contradiz quem explica
Ou diz amém ou vai sem rezar (; / .?)

Decimar Biagini

AMOR (E)TERNO

Quando teu rosto se avizinha
Querendo acolhida em meu peito
Cheia de intenções, faço-te minha
A dar-te guarida em meu leito

Quando tuas pernas enlaçam
A intranquilidade de meu calor
Os meles da tua pele se escarçam
Diante das sucções de meu furor

Quando teu olhar me focaliza
Um raio de sol doura meu universo
E o poeta então o eterniza
Em um registro rimado em verso

Quando a saudade dói na esfera
Entre as duras solidões de inverno
O poema relatado derrete o gelo eterno
A resgatar nossa verdade na primavera

Decimar Biagini

O QUE NOS DIFERENCIA

A eficiência do amor
Na cura existencial
A reduzir a dor
De dosso duro final

A carne, instrumento
A alma, o surreal
A folha e o vento
Nada é tão igual

Deus a varrer a vida
Do homem e do animal
O amor é a magia diferida
Pois nos diferencia do carnal

Decimar Biagini

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

MEANDROS QUIMÉRICOS

Ando pela sala
Ouvindo tua fala
Ando na senzala
Escravo da saudade

Ando com ansiedade
Cheio de vontade
Nesse amor que não cala
Diante da pura verdade

Querendo ver tua mala
Abraçando-me final de tarde
Na porta da minha casa
E quando isso for realidade
Nosso amor terá asa
E migrará para outra cidade

Talvez em Pasárgada sejas minha
Por que não, lá não serei amigo do rei
Contigo serei o Rei e tu minha Rainha
Enquanto isso, apenas sonharei
Com tua chegada ao final do dia

Decimar Biagini

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

NÃO TENHA PRESSA NA PROMESSA



O preço da liberdade
O preço das escolhas
O preço da sinceridade
O preço das coisas tolas

O preço da confiança
O preço da honestidade
O preço da aliança
O preço da mensalidade
O preço da bonanza
O preço da oralidade

Qual o preço de toda esta dança
para quem promete sem amar de verdade?

Decimar Biagini

SE ESTAR RUIM PODE FICAR PIOR

Se quisermos conseguir
Se pensarmos com otimismo
Da auto-ajuda vamos rir
Ao lançarmos-nos em abismo

Sábio que é sábio não copia
Experimenta de per si
Nada de hastear coisa inócua
Na subjetividade de quem ri

Se a seiva do otimismo
Reforça a onda dos sentimentos
Revigorado o egoísmo
Sucumbidos em felizes momentos
Dizer abaixo ao pessimismo
Na alienação de desatentos

É preciso mensurar os prós
E acima de tudo os contras
Não façamos como nossos avós
Pois eles não pagam nossas contas

É preciso analisar o trânsito
Desviar da bala perdida
Fugir do suspeito bandido
E não arriscar a própria vida
Só temos um cartucho estendido

Então não me fale em lei da atração
A capacidade em ver tudo pelo lado bom
Isso é coisa para outra geração
A prosperidade não permite repetir o tom

Decimar Biagini

terça-feira, 5 de outubro de 2010

VOCÊ HIBERNA EM MIM

Na omissão e timidez do poeta
Dorme uma linda donzela
Imersa em poesia a ser descoberta
Ela é advinda da verve bela

Musófilo, diria o leitor desatento
Amor de verdade, diria o apaixonado
Poemófilo, diria o escritor em alento
Pura vaidade, diria o ser mais enraivado

Que nada, caros tradutores de minh”alma
Quero dizer que toda semântica
Exige do receptor um pouco mais de calma
É quase como física quântica
Jogada no quadro negro a provocar trauma

É preciso testar todas as hipóteses
Pesquisar a vida do poeta e suas razões
Ver o que é essencial e o que é mote
Aí a identificação percebida chega aos corações

Em resumo, existe a Musa, o Poeta e o Público
O palco e as roupagens mudam como orações
Mas o sumo, a fé que abusa, é o tema lúdico
E nestas paragens, surge o hibernar das emoções
Cumprindo ao exegeta o despertar mais telúrico
Como nos planetas, em que adormecem os vulcões

Decimar Biagini

domingo, 3 de outubro de 2010

EM CADA GOTA DE CHUVA

O pássaro anunciava o tempo
Ao longe inquietava-se ao vento
O céu fechava em matutina escuridão
E os homens fechavam casas pelo chão

Rangendo os dentes o menino blasfemava
Pois queria jogar bola no gramado
Em sua frente o desatino o convidava
A desafiar a mãe em tom zangado

Então ele foi correr, sentir o gotejar
O cheiro do chão desprendeu-se
Ia ele morrer, em meio ao trovejar
E um raio do chão ascendeu-se

Decimar Biagini

IDIOMATERNO

IDIOMATERNO

Abra as janelas de sua casa literária
Peque o livro com cheiro de terra molhada
Viaje pela glória da poesia libertária
Encontre as Índias na frase ainda não desbravada

Pise sem medo sobre cristais quebrados
Conheça Sarracenos, Turcos e Hebreus
Frise aquele enredo em anais abrilhantados
Descubra onde se escondem os regaços seus

E entre quedas de impérios e ascensão de reis
Maldiga o tempo escasso para o seu aprendizado
Ao voltar repouse seu olhar ora fadigado
E conte sua aventura no idioma português

Decimar Biagini


03 DE OUTUBRO
Na esquina com uma bandeira
Estava um lobo fora da urna
Ardil e auspicioso, à sua maneira
Encontrou uma cabisbaixa senhora

Perguntou se ela tinha colinha
E ela falou que não, pegou a tal
Decretou a voz de prisão na horinha
Azar do fanfarrão, era Juiza Eleitoral

Decimar Biagini

COBRANÇAS SUBJETIVAS

Através de poemas
Ergui meu império
Com vozes serenas
Desvendei mistérios

O supremo brado
Na luz que cantou
Tornou-se abafado
Pela saudade que ficou

Em mundano inferno
Cobro o melhor dos versos
Em existencial inverno
Sopram sôfregos manifestos

O céu puro e azulado
Na colheita almejada
Causa-me um fado
Quando a rima é forçada

O que tenho dentro d”alma
É ansiedade criativa
Nem sempre encontro calma
Na verdade subjetiva

Sabes tu? Leitor de entrelinhas
Onde se perdeu o poeta?
Em verdades nem só minhas
Espalhadas em frases abertas

Decimar Biagini

A VELHA E A NOVA ORDEM

Peregrino por linhas versadas
Feitas e desfeitas como sonho
E no vazio dessas caminhadas
Somente a leitura é o que proponho

As vezes a vista latejante e cansada
Percorre poemas, como folhas de outono
Wasil, FT, Igor, Drumond e Dhenova
Então me identifico como se fosse dono

Sedento de mútua troca de existência
Observo Lena, Vênus, Helenice e Dalmo
Além da professora Juleni e sua experiência
E então me deito, ao ler Celso me acalmo

Nos Andrés e seus invernos existenciais
Rilho os dentes como na leitura do salmo
Fulvos raios, amplos e serenos mananciais
Que encontrei na comuna balcão e nop


Se desse olhar lúgubre e profundo
Alguma coisa colher e semear como mote
Sairei insano e sem vaidade desse mundo
E então poderei ter um eternizar pós-morte


Talvez eu ofenda o desejo de outros
Não é desprezo, e sim falta de memória
Leio todos, dos mais simples aos mais doutos
Pois o que prezo no poeta é a sua história

Decimar Biagini

EM QUE PENSAR NA HORA DO VOTO



E o pão? Esqueça o pão vote em jejum
E a água? Esqueça a água, vote fedido
E o teto? Esqueça o teto, seja mais um
E o país? Esqueça o país, vote no bandido
E o salário? Esqueça o salário, vote no patrão
E os olhos? Feche os olhos, seja destemido
E a reflexão? Não pense, vote com a cola na mão
E o destino? Pense no agora, no cargo auferido
E o título? Não precisa, o importante é o dedão
E o desatino? Não sonhe, pense no que está garantido
E a dor? Foder-lhe-ão, assim como a receita e o leão

Decimar Biagini

sábado, 2 de outubro de 2010

AS RAZõES DO SONETO LIVRE XXI


Wasil e Lena, foge de mim
O soneto em esmerilho
Vou improvisando sem fim
Podem chamar de sonetilho

Gosto das parcerias poéticas
Do letargo que aniquilo
Da luz crepuscular hermética
Que faz da alma polvilho

Fogos repentinos em fusão
Cânticos que afugentam solidão
No alvor da poesia sem ambição

Não quero que seja perfeita
E sim livre e humana constelação
Só assim a sintonia se ajeita

Decimar Biagini

ESTRELAS HUMANAS

Sobre as ondas oscila
O olhar da lua cheia
E imponente ela brilha
A tomar de assalto a areia

E sobre sonhos e flores
Cantam vozes e risos
E o céu tão em cores...
Intenso e mais vivo

Silencioso, fraterno, e imóvel
O casal contempla a vista
Unem-se o mar e a brisa

E o vento e a lua se amam
Ante a imagem mais bela
pintura perfeita, quimera!

Decimar Biagini e Michelle Portugal

SONETO LIVRE AO PAÍS ESCRAVO



http://www.youtube.com/watch?v=fPlri6Pm9G8

Fecham as eleições
Dispensam a patuléia
Poucos tomarão decisões
O resto já se faz idéia

As urnas foram contabilizadas
Semi-analfabetos contratarão assessores
As almas já foram compradas
Exoneram-se os parentes colaboradores

Os sangue-sugas já não entrarão em festas reservadas
O povo continuará na fila com suas dores
Daqui a dois anos teremos mais abraços em pessoas desdentadas

Nada muda aqui em pasárgada
A monarquia jamais foi hipócrita
Vale quem é amigo do Rei, o resto não vale nada

Decimar Biagini

LÁ VEM O DOMINGO

Sim, lá vem o cáustico domingo
Já me vejo irritado com o Faustão
Ou fazendo rima com o pingo
Já vejo o eleitorado em decepção
Enquanto algum político vai sorrindo
Em uma entrevista na televisão

Sim, lá vem o domingo e a rotina
O fim de todo descanso, antecipado
E eu então me canso com o eleitorado
De acreditar no limbo da velha sina

Decimar Biagini

"QUE SEJAM BÁLSAMOS LEVES" MEU AMIGO

De tuas poesias redondas
Que envolvem zelo de músico
Percorrem leitores com sondas
Em cada momento lúdico

Subitamente deslumbrado
A tremer em entusiasmo
Deijo aqui um improvisado
A aplaudir seu versejado

A febre dos músicos e poetas
Que conduz a noturna bruma
É cheio de frases incertas
Que induz e apruma o olhar da lua

Decimar Biagini

Em homenagem à Canção Necessária de Ruy

CANÇÃO NECESSÁRIA
Preciso de um ombro
Não um assombro
Um lugar onde repousar a fronte
Que não me afronte.

Preciso de afago leve
Lugar onde nunca se esteve
Salvo por mão de mãe
Em tempo, há muito, passado

Preciso de um estado
De paz, daquelas sentidas,
Alojadas, curando feridas,
E não das que criam
As novas escaras.

Preciso de rostos
De faces, de caras
Que me sorriam um pouco

Preciso de pouco.

Apenas de uns momentos
Que sejam mais que ungüentos
Que sejam bálsamos leves.

Eu quero apenas
A presença de um amigo
Que siga o mesmo que sigo
E não faça de mim juízo ou noção

Um apenas amigo
Que faça de minhas dores
Uma gostosa canção.

RUY

ESCREVERÁS NOVAMENTE

Em vão já estendeu os braços
mesmo ao verso mal parido
Sei que poemas bons são escassos
quando algo anda mal resolvido

Mas mesmo assim, sigo teus passos
Para repousar sobre teu verso sentido
O vazio, a falta de gosto pelo escrito
É o verbo "se amar" na garganta suspendido

Decimar Biaginios

POR QUE UMA NOVA CHANCE?

Doce, é o sonhar contigo
Quero dar-te novo amor
Quero ser teu novo abrigo
Quero pintar-te noutra cor
Quero ser teu fiel amigo

Sei que mereces nova chance
Confiastes tua história a poucos
Ânsias infinitas noutra nuance
Que jogastes na glória desse louco

Agora que estamos noivos
Que entre flores torna-se rosa musa
Com amor trilharemos rumos novos
Saberemos que roupa a felicidade usa

Decimar Biagini

UM AMOR SEM FALSIDADE

Ah! quem há de exprimir
Um amor sentido na raiz
E nesta arte de sentir
Possa dizer que é feliz

Um turbilhão de emoções
Perfumado, ouvido e tocado
E neste molde de expressões
Possa deixar algo relatado

Ah! quem há de exprimir
Um amor semeado e plantado
Diferente razão de sentir
Da dor, da saudade em recado

O pensamento ferve na idéia leve
Cativando segredos e intenções
Mas o amor verdadeiro é como a neve
A derreter nos mais frios corações

Decimar Biagini

NA REDE

Às vezes o poeta
Sente-se deitado
Numa casa sem paredes
Como na rede do poema musicado
Do Vinícius de Moraes
Esta rede surgiu no mundo globalizado
A grande rede de embalar contumaz
Um vício nem tão controlado
Onde jogo baralho sem ter um az
É como cantar sem ter falado
É como escrever sem ter paz
Numa casa sem telhado
Lembrando de quando era rapaz
E escutava aquele poeta irado

Decimar Biagini

TRIBUTO AO WASIL E À DHENOVA

Ah! Se agora chegassem
Proporia-lhes uma parceria
E se de repente se enchessem
Nesta comunidade com sua melodia

A música hoje sucumbida em pranto
Que deixaram em meus versos o abandono
A telúrica força concebida com encanto
Que semearam em poetas sem dono

Se imortais tornaram-se em literário manto
Por certo retornarão ao seu trono
Rei e Rainha, da prática em foco
Que por muito escreveram sem sono
É para vocês que hoje me desloco
Ao cume do virtual, gritando em eco
Para que escutem e retornem ao seu beco

O verso hoje sem vocês está mais seco
E a palavra pesada de minha saudade
Em mistério de seu desaparecimento
Com toda certeza os trará com mais verdade

Decimar Biagini

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

VOCÊ COM VOCÊ

Seus pensamentos
Criam realidade
São só momentos
De pura qualidade
Faça experimentos
Descubra sua verdade
Reflita seus medos
Faça auto-caridade

Decimar Biagini

VOCÊ COM VOCÊ

Seus pensamentos
Criam realidade
São só momentos
De pura qualidade
Faça experimentos
Descubra sua verdade
Reflita seus medos
Faça auto-caridade

Decimar Biagini

Qual tema nos poemas mais te atrai?