Peregrino por linhas versadas
Feitas e desfeitas como sonho
E no vazio dessas caminhadas
Somente a leitura é o que proponho
As vezes a vista latejante e cansada
Percorre poemas, como folhas de outono
Wasil, FT, Igor, Drumond e Dhenova
Então me identifico como se fosse dono
Sedento de mútua troca de existência
Observo Lena, Vênus, Helenice e Dalmo
Além da professora Juleni e sua experiência
E então me deito, ao ler Celso me acalmo
Nos Andrés e seus invernos existenciais
Rilho os dentes como na leitura do salmo
Fulvos raios, amplos e serenos mananciais
Que encontrei na comuna balcão e nop
Se desse olhar lúgubre e profundo
Alguma coisa colher e semear como mote
Sairei insano e sem vaidade desse mundo
E então poderei ter um eternizar pós-morte
Talvez eu ofenda o desejo de outros
Não é desprezo, e sim falta de memória
Leio todos, dos mais simples aos mais doutos
Pois o que prezo no poeta é a sua história
Decimar Biagini
Cântico ao Cacique da Paz
-
Cântico ao Cacique da Paz
Nas rodas do tempo
o menino escutava
voz de ancião
que o vento levava
Guardava no peito
semente e oração
pisava a ter...
Há 7 horas
2 comentários:
Sempre a homenagem mais bela... tu és especial, meu amigo, inspirador nato, irmão de letras, companheiro de abrigo... teus versos sempre emocionam... a poetisa que um dia viveu em mim agradece muito... e embora o orkut não mais me pertença, os amigos verdadeiros estou levando aqui, dentro do peito, mesmo que em silêncio...
fica o convite
http://aiunes.blogspot.com/
beijo grande, querido.
Encantado fico...
Postar um comentário