Na omissão e timidez do poeta
Dorme uma linda donzela
Imersa em poesia a ser descoberta
Ela é advinda da verve bela
Musófilo, diria o leitor desatento
Amor de verdade, diria o apaixonado
Poemófilo, diria o escritor em alento
Pura vaidade, diria o ser mais enraivado
Que nada, caros tradutores de minh”alma
Quero dizer que toda semântica
Exige do receptor um pouco mais de calma
É quase como física quântica
Jogada no quadro negro a provocar trauma
É preciso testar todas as hipóteses
Pesquisar a vida do poeta e suas razões
Ver o que é essencial e o que é mote
Aí a identificação percebida chega aos corações
Em resumo, existe a Musa, o Poeta e o Público
O palco e as roupagens mudam como orações
Mas o sumo, a fé que abusa, é o tema lúdico
E nestas paragens, surge o hibernar das emoções
Cumprindo ao exegeta o despertar mais telúrico
Como nos planetas, em que adormecem os vulcões
Decimar Biagini
Capitania do Saber, memórias da biblioteca
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Outro dia, no silêncio digital de um PDF aberto na tela fria do meu
celular, me bateu uma saudade funda, quase doída, da biblioteca da minha
adolescência —...
Há um dia
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