DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A ARTE DA JUSTIÇA

Tal amplitude alcançada pelo operador do direito
Estudando questões elevadas na verticalidade de valores
Em legislação regulada pelo manipulador escorreito
Projetando oscilações alcançadas pela oralidade de atores

Numa base biopsicológica, que transpõe a alma liberta
Na comprovação dos direitos e deveres dos cidadãos modernos
Em característica lógica que impõe a sanção correta
E na busca de suspeitos para os haveres da população em seus infernos

Equacionados corroboram para tornar a perscrutação saborosa
Compreendem a aplicação e o esclarecimento fático ao mundo jurídico
Percorrendo o caminho inverso na reconstituição da ação ruidosa
Que escondem a intenção ao aborrecimento módico do profundo analítico

O suspeito então se vê lançado diante de um júri popular
Na finalidade da razão para sua existência em um juízo atemporal
Fala o perito na intenção do achado triunfante ao ouvido singular
E na rivalidade da paixão surge a consistência de um duelo sem igual

Advogado e Promotor... O Povo e o Acusado ... Quem é Ator? Quem é o Culpado?

Decimar Biagini

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

POUCO PRECISO PARA SER FELIZ


Talvez a lembrança dos campos
Nas férias de verão na fazenda
No lombo de tordilhos santos
Presenciando as lidas lá da porteira

Como toda lembrança infantil
Montando arapucas ao passarinho tempo
Sem preocupar-me com o ouro vil

Na visão estupenda de horizontes longínquos
Sem sentir-me mais um neste ilusório vazio
Num crepúsculo prazeroso no tempo fugidio
Feche os olhos e acorde feliz junto aos índios
Que corriam pelas Missões em terras sem alambrado
Que sorriam em projeções, sem guerras com o passado

Nasci em terra de gente arisca e brava
Com a rebeldia que tem o homem sulino
Que nas patas do cavalo o destino traçavam
E num galope ganhavam o horizonte em feliz desatino

Terra livre que hoje é vitimizada por leis e por cercas
Que acabou com o gaúcho no circo de um estádio
O que tive, foi um sonho na madrugada, poesias incertas
Sonhava com o passado que não tive, hoje em desvario

Instransponível mesmo somente a realidade
E quando a gente foge, simplesmente, vem a felicidade

Um mundo de sombra e viço, de sangas sinuosas
Em que meu cetro é o caniço de pescar lambari
A pescaria nos recebia em tardes amistosas
A fazenda hoje está longe e só, e eu aqui...


Decimar Biagini

INFINITA PROCURA

Nos pulsares do cosmo,
pulsa a vida na terra.
No coração de um átomo,
tanta energia encerra.

As luzes revestem o domo
até a nossa própria atmosfera.
Paira tons no espaço policromo
e o azul domina nossa esfera.

Dentro, um coração palpita
neste minúsculo grão do universo,
onde a humanidade habita.

Fora, o desconhecido agita
nossa mente em busca do diverso,
mas até agora nada se cogita.

Janete do Carmo
090111

ATÉ LOGO “DO CARMO”

Com pesar anuncio uma baixa na literatura
Patrícios e Plebeus da poesia contemporânea
Choram a desencarnação de uma joia pura
Que deslizava pelos versos de forma espontânea

Que tinha como princípio fundamental o equilíbrio
Desbrava terrenos congelados com lâmina afiada
No melhor estilo Alexei Ulanov e Irina Rodrina
com uma moderna forma de patinar na poesia alforriada

Falo de Janete do Carmo, a poeta que proporcionava devoção
Sob o olhar atento de milhares de leitores virtuais
Estrela literária pela qual tive a honra de ter recíproca na admiração
Em companhias que geraram inspiração nos mais variados temas

Comuns são os provenientes da distinção entre poemas de outros e os de Janete
Que ela possa desencarnar em paz, ao lado de Camões, Pessoa, Cecília e Andrade

Decimar Biagini

Janete Faleceu em 10/01/2011

CHAMAS ABRASADAS

Levo aqui no peito
Tições de saudade
Sem muito jeito
Aguardo com ansiedade

O retorno da Musa
Do chimarrear místico
Do descer da blusa
Do amor casuístico

Liberdades técnicas
Num poema expresso
Verdades léxicas
Escondidas num manifesto

Decimar Biagini

domingo, 9 de janeiro de 2011

TROVA DE GUAPOS

Sou taura da presilha até a ilhapa,
não tenho cara de sorro manso;
levo na estampa o bafo de canha,
o baile todo só bebo e não danço!


...sou guasca do mango até a guaiaca
...danço com minha prenda e não canso
...se vejo um bucho eu passo a faca
...de china feia não quero ranço


Sou grosso e ignorante
como salada de urtiga
agarro touro a unha
e nunca bebo o bastante


...Sou filho desse Rio Grande
...e não me aparto da briga
...um diabo me ronca na cuia
...laço égua chucra com barbante


O galpão é meu palácio
meus vassalos são os cuscos
trovo com o tio Anastácio
largando tições pelos cascos


...Da coxilha tenho um pedaço
...planto meu fumo e chamusco
...e trago o rebuliço no laço
...gaúcho guapo não faz fiasco


Com permisso, poeta amigo,
escuta este trovador
meu prazer é prosear contigo
pois na rima és professor


...Dessa peleia fiz meu abrigo
...com o hermano improvisador
...sempre responde o que digo
...com a grandeza de pajador


Vou me retirar desta trova
pois sou pobre poeta de parca rima
em cada parceria a amizade se renova
e tua cidade, de Cruz Alta se aproxima


...De Pelotas te mando essa prosa
...da nossa querência campesina
...e se Cruz Alta também é formosa
...encilho o pingo e vou acima.


Decimar Biagini e Wasil Sacharuk

SÓ SE VIVE UMA VEZ?

Será mesmo?
Pergunto para vocês.
E nas vezes que saio a esmo
Flutuando acima das nuvens
Lembrando de vidas passadas
Me vendo em atávicas atitudes?

Só se vive uma vez!
Será mesmo?
Pergunto para vocês.
Depois do por do sol
Não é que ele volta a brilhar.

O porco então vira torresmo
E não torna mais a gritar?

Decimar Biagini

sábado, 8 de janeiro de 2011

TEM COISAS QUE O GRÊMIO NÃO COMPRA, PARA TODAS AS OUTRAS EXISTE O EMPRESÁRIO A$$I$

TEM COISAS QUE O GRÊMIO NÃO COMPRA, PARA TODAS AS OUTRAS EXISTE O EMPRESÁRIO A$$I$

E eu, que fiz promessa
Que pensei no filho pródigo
Que perdooei a beça
Que olhava para o relógio

Acreditei de novo nessa
De que não existia o ódio
E que a ganância logo cessa
Quis ver Ronaldinho no pódio

Hoje, olhando o circo queimado
Penso na Dona Miguelina
Que Citotek deveria ter tomado
Assim não teríamos esta sina
De sermos novamente enganados

Decimar Biagini - Poeta Cruzaltense

De que vale eu editar o grêmio desde o primeiro Fifa Soccer, depois ser técnico do Elifoot, no Master League do PES, no Fifa Manager, no Football Manager e no CManager, recusando propostas incríveis, se meu ídolo na realidade só me fez perder o gosto pelo futebol? Espero um dia ver Ronaldinho Gaúcho, vestindo a camisa do Avaí, se afundando como o ex-atleta Guga Kuerten e com mais pensões que o Romário. Tendo que virar deputado para manter as crianças e com uma traição à altura daquela que eu sofri, sendo traído por seu irmão, por conta de um contrato quase assinado. Então ele se ajoelhará com uma garrafa de cachaça na mão (parecido com a Voz de Ouro revelada em um sinal de New York) e dirá em uma simples plaquinha, faço embaixadinhas por $1,00, quero ter o prazer de fazer ele dar embaixadas, intermediar o contrato tácito com A$$I$, e acelerar o carro sem dar um centavo, dizendo uma frase conhecida aos futuros torcedores dessa mágoa tricolor: - Perdeu playboy!


PS: Estilo Odone, isso que falei acima não valerá de nada se Ronaldinho vestir a camisa do Grêmio na semana que vem! Torcedor é mesmo "passional" rsss...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

DESFILE SURREAL

O caminho percorrido
Entre Horizontina e Europa
Foi o inverso do imprimido
Pela sua origem étnica

Seus antepassados
Mal poderiam acreditar
Que os Bündchen “Giselados”
Na Europa iriam brilhar
Colonizadores e colonizados
Unidos num só pisar

Decimar Biagini

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O RETORNO AO LABOR E O MAU HUMOR

Hoje é meu último dia de férias
Você poderia dizer, grande porcaria
Vá escrever sobre coisas mais sérias!
E eu, então, sua mãe xingaria

Mas pobrezinha da sua mãe
Deixa ela para lá, foda-se meu tempo
Meu pesar ao largar meu passatempo
Vender a alma ao filho do cão
Para gastar grana feito folha ao vento

O capitalismo é mesmo uma solução?
Infelizmente não sei usar o dinheiro
Mas o danado me tem na mão
Por isso vou trabalhar em pleno janeiro

Então boa noite, mande lembranças à velha!

Decimar Biagini

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O RELATÓRIO

Aspira, passa no gabinete
Deixa o relatório
Leva caixa de lápis e estilete
Seja simplório

Que coisa, mais serviço
Bem que o comandante poderia sair
Seu cargo eu cobiço
Mas receio antes disso eu partir

Aspira, já entregou o relatório
Não!
Como assim não?
Aqui está minha exoneração seu Osório
Quanta decepção aspira!
Pois é, sabe aquele tio político que lhe falei?
Me convidou para ser Secretário da Segurança
Bom, é isso, agora passa no meu gabinete
Preciso que o senhor faça um relatório em dez minutos
Leva caixa de lápis e estilete
Vamos comandante, faça a porra do relatório
Seja simplório!

Decimar Biagini

domingo, 2 de janeiro de 2011

O CURSO DE UMA PARCERIA

(DOIS ANOS DE DECIMAR E WASIL)


A cultura é nosso alimento
Servido na idealização virtual
O poema dá asa ao pensamento
Escandido ou em improvisação usual


Enchemos barriga com letra de vento
A verve visita o futuro e o passado ancestral
Testemunhamos a perda do trema e acento
A poesia quebrou a tramela do novo portal


Toda a nossa força ao longo dos anos
Que partiu de atividades lúdicas pelo virtualismo
Tomou compromisso em outros rumos
E sorriu nas proximidades do pluralismo


Conhecemos o signo de outros arcanos
Abarcados na sistemática do empirismo
Tentamos riscar com auxílio de prumo
Para desvendar o segredo do lirismo


Uma vida de leveza em parceria poética
Que trouxe pessoas com ideias em comum
Uma sensação experimentada pela dialética
Em semânticas despretensiosas oriundas do sul


E a inspiração nunca foi esquelética
Nessa antologia sempre cabe mais um
Nem de vanguarda e nem velha caquética
A fome de versos nem pensa em jejum.


Decimar Biagini e Wasil Sacharuk

SONETO LIVRE AO INFELIZ (VÍDEO)



SONETO LIVRE AO INFELIZ

Cansado de si, andava no mundo
Com pesadas botas “sete léguas”
E levando sua vida sem tréguas
Com guerra existencial ao fundo

Seu remédio foi seguir pisadas
Em um solo que jamais fora fecundo
Trilha do tédio de almas passadas
Que rumavam ao inferno mais profundo

Sem saber... suas lágrimas eram ousadas
Um belo dia foram vistas lá do alto
Nuvens cinzentas, raios e trovoadas

Tomaram o andarilho de assalto
Adeus vida insana e descompassada
O raio “Fúlvio” livrou o pobre incauto

Decimar Biagini

MINHA PAIXÃO PELO VERSAR

É por intermédio da poesia
Que estabeleço a conexão
Com a esquecida alegria
Que resta em meu coração

Por ora semeio o amor
Em terrenos desconhecidos
Faço tango com minha dor
E ressuscito momentos tidos

No poema: signo da libertação literária
Choro pelas letras em poesia libertária
No duro inverno existencial da vida
Para aquecer-me em lúdica guarida

É essa a minha razão de ser poeta sem excelência
Fazer de mim um Maomé sem terra prometida
Celebrar a passagem da morte na existência
Chegar ao fim com a fé na poesia obtida

Minha trindade é o verso, o leitor e a verve
O amor do criador pela criatura sem conjectura
A verdade manifesto no amor de quem serve
Bandejas de poesias a toda sedenta criatura

Decimar Biagini

sábado, 1 de janeiro de 2011

PÓS VIRADA

Como posso estar cansado
E não ter sono sequer
O ano passou galopado
Digam o que disser
Fico eu aqui enjoado
Com sal de fruta na colher

Faltou grana para o espumante
Tomei cidra nacional adoidado
O Réveillon foi num instante
Restou o esôfago arruinado

Refluxo, talvez não
Acho que é reflexão
Amanhã tem domingão
E o mala daquele Faustão

Nada mudou, a não ser a fuga das contas
Vira o mês já estão na espreita
E vocês vão ver, tudo se ajeita
Quem tem esperança, enxuga os prantos

Que doze uvas e sete pulinhos, que nada
Nem mesmo potes de sais pelos cantos
Todo ano é a mesma superstição operada
Continuo pobre, não sobra nem para os santos

Decimar Biagini

SONETO LIVRE AO INFELIZ

Cansado de si, andava no mundo
Com pesadas botas “sete léguas”
E levando sua vida sem tréguas
Com guerra existencial ao fundo

Seu remédio foi seguir pisadas
Em um solo que jamais foi fecundo
Trilha do tédio de almas passadas
Que rumavam ao inferno mais profundo

Sem saber... suas lágrimas eram ousadas
Um belo dia foram vistas lá do alto
Nuvens cinzentas, raios e trovoadas

Tomaram o andarilho de assalto
Adeus vida insana e descompassada
O raio "Fúlvio" livrou o pobre incauto

Decimar Biagini

Qual tema nos poemas mais te atrai?