DECIMAR BIAGINI

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Advogado e Poeta Cruzaltense

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sábado, 1 de janeiro de 2011

PÓS VIRADA

Como posso estar cansado
E não ter sono sequer
O ano passou galopado
Digam o que disser
Fico eu aqui enjoado
Com sal de fruta na colher

Faltou grana para o espumante
Tomei cidra nacional adoidado
O Réveillon foi num instante
Restou o esôfago arruinado

Refluxo, talvez não
Acho que é reflexão
Amanhã tem domingão
E o mala daquele Faustão

Nada mudou, a não ser a fuga das contas
Vira o mês já estão na espreita
E vocês vão ver, tudo se ajeita
Quem tem esperança, enxuga os prantos

Que doze uvas e sete pulinhos, que nada
Nem mesmo potes de sais pelos cantos
Todo ano é a mesma superstição operada
Continuo pobre, não sobra nem para os santos

Decimar Biagini

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