DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

Entre em contato com o advogado Decimar Biagini

Nome

E-mail *

Mensagem *

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

O Fole da Vida

A fé desafina, mas ainda canta
Nem todo acerto é melodia santa
Errar é um tom que o divino ensaia
Na densa vida, basta que eu não caia

Li Kant, li Vedas, muito me ensinei
Mas o assovio infantil me derrubei
O infinito é louco e gosta de brincar
Desafinar bonito pra vida celebrar

Refrão
Sopra, fole, sopra, alma que dança
Entre a dúvida e a fé, a eterna esperança
Risos no silêncio, segredos na luz
Desafinar é viver, quem nunca errou, reluz

Entre os mundos rangem portas antigas
Quem ouve a música nunca se fatiga
Dançar na incerteza, ouvir o silêncio
No som do “hã?” mora o maior segredo

Velas no escuro, não é pra enxergar
É pra piscar junto e poder sonhar
Deus sopra a gaita que há em cada um
E no tom errado, ele bate o bum

Sopra, fole, sopra, alma que dança
Entre a dúvida e a fé, a eterna esperança
Risos no silêncio, segredos na luz
Desafinar é viver, quem nunca errou, reluz

Curiosidade coça, fé aceita o não saber
Gêmeos pergunta, Peixes perdoa, vamos aprender
Sagitário atira, Virgem ajeita a cena
Mas o céu gargalha: “Vocês ainda estão na antena”
Meu leão rugia, hoje manso que dá pena
Nem raio, nem aforismo, sou gaita pequena

Refrão final
Sopra, fole, sopra, alma que dança
Entre a dúvida e a fé, a eterna esperança
Risos no silêncio, segredos na luz
Desafinar é viver, quem nunca errou, reluz

terça-feira, 5 de agosto de 2025

Memorias De Um Lakota

https://youtube.com/shorts/PFlWfYyMjS8?feature=sharedMemórias De Um Lakota
Nascimento e a alma ancestral

 

Tal sopro de vendaval

nasci no ventre da Mãe

ouvindo o animal e lenda

do búfalo em rito de criança

Fumaça dança na tenda

renasce a antiga esperança

 

Infância e os sinais da alma antiga

 

Cresci com olhar atento

no passo da corça livre

sabendo de cada intento

que o mundo invisível escreve

Tatanka em brado profundo

revelava outro meu mundo

 

Juventude e o despertar do guerreiro

 

Nas asas do temporal

fui com os anciãos caçar

ouvi o saber oral

sabia quando avançar

Na lança havia uma luz

chamado Wakan Tȟáŋka em cruz

 

Madureza e a liderança espiritual

 

Com o galope do som

guiava flecha e visão

pois o búfalo era dom

que dava alma ao povão

E cada couro ofertado

era um saber consagrado

 

Velhice e a união com o invisível

 

De gris a minha madeixa

mas vivo o fogo do chão

A estrela da noite meixa

traz o canto da oração

A fumaça em caracol

revela o último sol

 

Desencarne e retorno ao Grande Mistério

 

Na pedra do ritual

sentei-me para morrer

mas foi como o vento tal

que começa a renascer

Sou pó do búfalo urdido

poeta em ciclo estendido

 

Decimar da Silveira Biagini


Segunda versão 

Memórias De Um Lakota
pelo poeta Decimar


Nascimento e a alma ancestral

Tal sopro de vendaval

nasci no ventre da Mãe

ouvindo o animal e lenda

do búfalo em rito de criança

a pele nua no temporal

sentia a vida em dança

Héyoka heyá hey hey ya!
Héyoka heyá hey hey ya!
Héyoka heyá hey hey ya!
Héyoka heyá hey hey ya!

Infância e os sinais da alma antiga

A Lua banhava o monte

quando o velho me falou:

"Menino, tu és do clã

que o trovão consagrou."

O lobo uivava na fonte

e o tambor me despertou

WíyakA wíyakA hé hé héy!

WíyakA wíyakA hé hé héy!

WíyakA wíyakA hé hé héy!

WíyakA wíyakA hé hé héy!

WíyakA wíyakA hé hé héy!!

WíyakA wíyakA hé hé héy!

Cresci com olhar atento

no passo da corça livre

sabendo de cada intento

que o mundo invisível escreve

Tatanka em brado profundo

revelava outro meu mundo

 
Juventude e o despertar do guerreiro


Nas asas do temporal

fui com os anciãos caçar

ouvi o saber oral

sabia quando avançar

Na lança havia uma luz

chamado Wakan Tȟáŋka em cruz

Wakan Tȟáŋka

Héyoka heyá hey hey ya!

WíyakA wíyakA hé hé héy!


Madureza e a liderança espiritual


Com o galope do som

guiava flecha e visão

pois o búfalo era dom

que dava alma ao povão

E cada couro ofertado

era um saber consagrado

 Wakan Tȟáŋka

Wakan Tȟáŋka

WíyakA wíyakA hé hé héy!

WíyakA wíyakA hé hé héy!

Velhice e a união com o invisível

 

De gris a minha madeixa

mas vivo o fogo do chão

A estrela da noite meixa

traz o canto da oração

A fumaça em caracol

revela o último sol

WíyakA wíyakA hé hé héy!

Wakan Tȟáŋka

Héyoka heyá hey hey ya!

Retorno ao Grande Mistério


Na pedra do ritual

sentei-me para morrer

mas foi como o vento tal

que começa a renascer

Sou pó do búfalo urdido

poeta em ciclo estendido

De penas fiz meu cocar

rezando pro Grande Espírito

Vi o Sol me atravessar

com seu fogo e seu apito

Flecha e arco a dançar

no silêncio do infinito

Aho mitakuye oyasin!

Wakan Tȟáŋka!

Aho mitakuye oyasin

Wakan Tȟáŋka

Héyoka heyá hey hey ya!

Héyoka heyá hey hey ya!

Héyoka heyá hey hey ya!

Wakan Tȟáŋka

Héyoka heyá hey hey ya!

Héyoka heyá hey hey ya!

WíyakA wíyakA hé hé héy!



Qual tema nos poemas mais te atrai?