Nascimento e a alma ancestral
Tal sopro de vendaval
nasci no ventre da Mãe
ouvindo o animal e lenda
do búfalo em rito de criança
Fumaça dança na tenda
renasce a antiga esperança
Infância e os sinais da alma antiga
Cresci com olhar atento
no passo da corça livre
sabendo de cada intento
que o mundo invisível escreve
Tatanka em brado profundo
revelava outro meu mundo
Juventude e o despertar do guerreiro
Nas asas do temporal
fui com os anciãos caçar
ouvi o saber oral
sabia quando avançar
Na lança havia uma luz
chamado Wakan Tȟáŋka em cruz
Madureza e a liderança espiritual
Com o galope do som
guiava flecha e visão
pois o búfalo era dom
que dava alma ao povão
E cada couro ofertado
era um saber consagrado
Velhice e a união com o invisível
De gris a minha madeixa
mas vivo o fogo do chão
A estrela da noite meixa
traz o canto da oração
A fumaça em caracol
revela o último sol
Desencarne e retorno ao Grande Mistério
Na pedra do ritual
sentei-me para morrer
mas foi como o vento tal
que começa a renascer
Sou pó do búfalo urdido
poeta em ciclo estendido
Decimar da Silveira Biagini
Segunda versão
Memórias De Um Lakota
pelo poeta Decimar
Nascimento e a alma ancestral
Tal sopro de vendaval
nasci no ventre da Mãe
ouvindo o animal e lenda
do búfalo em rito de criança
a pele nua no temporal
sentia a vida em dança
Héyoka heyá hey hey ya!
Héyoka heyá hey hey ya!
Héyoka heyá hey hey ya!
Héyoka heyá hey hey ya!
Infância e os sinais da alma antiga
A Lua banhava o monte
quando o velho me falou:
"Menino, tu és do clã
que o trovão consagrou."
O lobo uivava na fonte
e o tambor me despertou
WíyakA wíyakA hé hé héy!
WíyakA wíyakA hé hé héy!
WíyakA wíyakA hé hé héy!
WíyakA wíyakA hé hé héy!
WíyakA wíyakA hé hé héy!!
WíyakA wíyakA hé hé héy!
Cresci com olhar atento
no passo da corça livre
sabendo de cada intento
que o mundo invisível escreve
Tatanka em brado profundo
revelava outro meu mundo
Juventude e o despertar do guerreiro
Nas asas do temporal
fui com os anciãos caçar
ouvi o saber oral
sabia quando avançar
Na lança havia uma luz
chamado Wakan Tȟáŋka em cruz
Wakan Tȟáŋka
Héyoka heyá hey hey ya!
WíyakA wíyakA hé hé héy!
Madureza e a liderança espiritual
Com o galope do som
guiava flecha e visão
pois o búfalo era dom
que dava alma ao povão
E cada couro ofertado
era um saber consagrado
Wakan Tȟáŋka
Wakan Tȟáŋka
WíyakA wíyakA hé hé héy!
WíyakA wíyakA hé hé héy!
Velhice e a união com o invisível
De gris a minha madeixa
mas vivo o fogo do chão
A estrela da noite meixa
traz o canto da oração
A fumaça em caracol
revela o último sol
WíyakA wíyakA hé hé héy!
Wakan Tȟáŋka
Héyoka heyá hey hey ya!
Retorno ao Grande Mistério
Na pedra do ritual
sentei-me para morrer
mas foi como o vento tal
que começa a renascer
Sou pó do búfalo urdido
poeta em ciclo estendido
De penas fiz meu cocar
rezando pro Grande Espírito
Vi o Sol me atravessar
com seu fogo e seu apito
Flecha e arco a dançar
no silêncio do infinito
Aho mitakuye oyasin!
Wakan Tȟáŋka!
Aho mitakuye oyasin
Wakan Tȟáŋka
Héyoka heyá hey hey ya!
Héyoka heyá hey hey ya!
Héyoka heyá hey hey ya!
Wakan Tȟáŋka
Héyoka heyá hey hey ya!
Héyoka heyá hey hey ya!
WíyakA wíyakA hé hé héy!
Nenhum comentário:
Postar um comentário