DECIMAR BIAGINI

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Advogado e Poeta Cruzaltense

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quarta-feira, 6 de agosto de 2025

O Fole da Vida

A fé desafina, mas ainda canta
Nem todo acerto é melodia santa
Errar é um tom que o divino ensaia
Na densa vida, basta que eu não caia

Li Kant, li Vedas, muito me ensinei
Mas o assovio infantil me derrubei
O infinito é louco e gosta de brincar
Desafinar bonito pra vida celebrar

Refrão
Sopra, fole, sopra, alma que dança
Entre a dúvida e a fé, a eterna esperança
Risos no silêncio, segredos na luz
Desafinar é viver, quem nunca errou, reluz

Entre os mundos rangem portas antigas
Quem ouve a música nunca se fatiga
Dançar na incerteza, ouvir o silêncio
No som do “hã?” mora o maior segredo

Velas no escuro, não é pra enxergar
É pra piscar junto e poder sonhar
Deus sopra a gaita que há em cada um
E no tom errado, ele bate o bum

Sopra, fole, sopra, alma que dança
Entre a dúvida e a fé, a eterna esperança
Risos no silêncio, segredos na luz
Desafinar é viver, quem nunca errou, reluz

Curiosidade coça, fé aceita o não saber
Gêmeos pergunta, Peixes perdoa, vamos aprender
Sagitário atira, Virgem ajeita a cena
Mas o céu gargalha: “Vocês ainda estão na antena”
Meu leão rugia, hoje manso que dá pena
Nem raio, nem aforismo, sou gaita pequena

Refrão final
Sopra, fole, sopra, alma que dança
Entre a dúvida e a fé, a eterna esperança
Risos no silêncio, segredos na luz
Desafinar é viver, quem nunca errou, reluz

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