Soneto à Lua Velada sobre Cruz Alta
No véu da noite eu vejo a lua nua
Por nuvens densas pálida distante
Seu brilho corta a treva que flutua
Num manto etéreo lúgubre brilhante
As casas dormem sob a luz da rua
Que em fios de ouro ao chão se faz constante
E a cidade em silêncio se insinua
Qual sonho antigo em quadro flamejante
Ao longe a serra guarda a sombra fria
Enquanto o céu se veste de mistério
E a bruma dança em vaga melodia
Eu sigo imerso nesse rito sério
Oh Cruz Alta na noite és poesia
E a tua lua é farol imaginário
Nenhum comentário:
Postar um comentário