(Tema Gaúcho Campesino)
Verso 1:
Lá no sul, no campo, onde o vento é cortante,
Vivia o Everton, gaúcho, de olhar desafiante,
Mas com um medo danado, ninguém podia saber,
Do doutor e sua faca que ele não queria ver.
Refrão:
Ele só pensava na casca do jatobá,
Que ele dizia que era forte e ia salvar,
"Pra esse mal no corpo, o remédio é o certo,
Não vou no doutor, não vou me apertar."
Com a casca de jatobá ele vai se virar,
O gaúcho não é frouxo, não vai se entregar!
Verso 2:
"Mas o que é isso, Everton?", perguntava a comadre,
"Por que a casca do jatobá?" – ele dizia:
"Pra curar o que é ruim, doutora, nem pensar,
Me metendo naquilo lá, vou até me assustar!"
Refrão:
Ele só pensava na casca do jatobá,
Que ele dizia que era forte e ia salvar,
"Pra esse mal no corpo, o remédio é o certo,
Não vou no doutor, não vou me apertar."
Com a casca de jatobá ele vai se virar,
O gaúcho não é frouxo, não vai se entregar!
Ponte:
Fito natural, dos campos do pampa,
Nada de faca, nada de cloroformo,
O remédio é simples, sem necessidade de espelho,
A casca que é forte, com sabor de espólio velho!
Verso 3:
E o tempo foi passando, a coragem foi a frente,
Mas o medo ainda ficava, escondido e latente,
Ficou com a casca, a cura dele jurada,
E o doutor nunca soube, a história abafada.
Refrão:
Ele só pensava na casca do jatobá,
Que ele dizia que era forte e ia salvar,
"Pra esse mal no corpo, o remédio é o certo,
Não vou no doutor, não vou me apertar."
Com a casca de jatobá ele vai se virar,
O gaúcho não é frouxo, não vai se entregar!
Final:
E assim o Everton viveu, com fé e bravura,
No campo, sem cirurgia, com cura e ternura,
E quem questionava a razão de seu plano,
Viu que o gaúcho, macho, tem sempre um engano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário