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Nessa trajetória de surpreendimento
Trago a convicção da diferença
Entre o vício e o acomodamento
Afago que se cria numa crença
De que o amor é o ópio do momento
E mesmo que ele não permaneça
A melhor lembrança será este envolvimento
Posso olhar para certas coisas como um quadro
Acostuma-se com ele em uma parede
Dependendo do que lhe chama ao seu agrado
Você pode nele saciar a sua sede
Vi que minha musa é uma pintura indecifrável
Cada dia lanço sobre ela um olhar diferente
É como uma magia, atração inquebrantável
Algo que não canso de apreciar calmamente
Outras pessoas são um mero quadro
Sei que estão lá, mas me acostumei a não olhá-las
O quão concentrador é o poeta amado
Alimenta-se da inspiração mesmo sem decifrá-la
Uma pintura que me leva por muitos caminhos
E cada caminho me traz uma esperança sutil
Geram tantas histórias relatadas em pergaminhos
De um sonho real vivido em surpresas mil
Decimar Biagini
Capitania do Saber, memórias da biblioteca
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Outro dia, no silêncio digital de um PDF aberto na tela fria do meu
celular, me bateu uma saudade funda, quase doída, da biblioteca da minha
adolescência —...
Há um dia
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