Pelas linhas santas bidimensionais, eu percorro
Nas minhas lembranças ancestrais, me socorro
Descubro-me no vão do silêncio inquebrantável
Procuro-me, mas não me esqueço do memorável
Último momento em que saiu, que a porta ainda bate
Retrato de fim de tarde que chancelou nosso amor
Como da vez que de você surgiu a musa do mate
Ou do momento em que demos a vida novo sabor
Quantas obras foram feitas na sua ausência
O poeta que ama não teme a decadência
Traz consigo a força do amor indestrutível
Por isso digo: - na fossa, a saudade é combustível
Mas a Musa é a mola mestra fundamental, o princípio,
O meio, e o final, não há nada igual, é insubstituível
Decimar Biagini, 28 de novembro de 2009
Capitania do Saber, memórias da biblioteca
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Outro dia, no silêncio digital de um PDF aberto na tela fria do meu
celular, me bateu uma saudade funda, quase doída, da biblioteca da minha
adolescência —...
Há um dia
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