Esplendoroso outono, pelo poeta Decimar
As nuvens passam quadros que o tempo apaga
Num sopro vão relicários de memória
O vento escreve e desfaz nossa história
E ao trono eterno só o Céu se embriaga
É quem sabe o que fica
Sou folha no tempo
Sou sopro que vibra
Sou folha seca em outonal estrada
Que o Arquiteto sopra em sua glória
Na névoa antiga esconde-se a vitória
De um vale azul que à luz foi ofertada
Partiu a névoa mas ficaram rastros
Fragmentos vivos da visão sentida
No ar que pulsa o canto dos dias castros
Silenciaram aves mas não a vida
Talvez esperem que entre céus e lastros
Eu dite os versos, em sopro e despedida
É quem sabe o que fica
Sou folha no tempo
Sou sopro que vibra
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