A Seara do Coração
No peito humano, há fértil lavrador
que semeia, em surdina, a própria sorte
Se planta amor, recebe igual valor
mas, se há rancor, a seara é de morte
O tempo é argila, em mãos do Criador
que molda a fé no alicerce mais forte
Quem crê, renasce em graça e esplendor
quem nega a luz, vagueia rumo ao corte
Por isso, vela o campo do sentir
pois do teu peito os frutos brotarão
O verbo é a seiva, a vida a conduzir
e a poesia é a flor da redenção
Entrega o dia a Deus, deixa florir
a fé que faz pulsar o coração
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