Aqui está a mesa, o pão, o vinho e a casa
Sim, tão vazia, insuportável silêncio
Há pouco, nesse lugar, pairava a graça
Já não adianta acender um incenso
Meu único medo é o de secar a taça
Nem mesmo a falta de verve me ameaça
O ontem era cheio de simplicidade e ternura
Hoje sequer o mar existencial enche o porão
A cada gole, a verdade me desce sem secura
Se ao menos eu honrasse minhas mãos
E pudesse escrever um poema com lisura
Com reservas, só tua voz escuto em lembranças
O que seria de mim, se não fosse a gravidade na chuva
Escuto lá fora o vento que levou-me as esperanças
Talvez a água lave a calçada que há tempo estava suja
A grama continuará a crescer, pois cortá-la me cansa
Todas as gotas, todos os fios de raios que da luz vieram
Afogaram a flor arrogante que existia no valente poeta
Para onde vão meus sonhos, de onde meus sonhos vieram?
Resta o último gole, nessa obra que jaz incompleta
Decimar Biagini
Jogaremos à "vera" ou à "brics"?
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Há 23 horas
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