Num gesto simbólico
Faço por fazer um poema
Não estou mais eufórico
Não sinto mais prazer na rima
Já não vejo nenhuma cena
O verso não mais me aproxima
De tudo que outrora valera a pena
Sobre o futuro sombrio
Deste poeta sem verve
Paira sequer um desafio
Nem o leitor me serve
Ainda que eu tomasse posse
De uma caneta Montblanc
Nada substituiria o toque
Que na tecla eu tinha antes
Aquelas linhas bilaterais
De que tanto falei nas comunas
Nos blogs e sites de meus iguais
Estão sob o manto de águas escuras
Pérolas que tanto fraseei
Com um ego inflado em assinatura
Não sei quando fracassei
Mas a ti relato, com absoluta lisura
Decimar Biagini
Inconfidência virtual protelada
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Ele se recostou de novo
na cama confortável
e ficou observando o povo
numa rede tão instável
Pensou em postar algo
Se a galinha ou o ovo
Suspende ou "apag...
Há 3 dias
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