Num gesto simbólico
Faço por fazer um poema
Não estou mais eufórico
Não sinto mais prazer na rima
Já não vejo nenhuma cena
O verso não mais me aproxima
De tudo que outrora valera a pena
Sobre o futuro sombrio
Deste poeta sem verve
Paira sequer um desafio
Nem o leitor me serve
Ainda que eu tomasse posse
De uma caneta Montblanc
Nada substituiria o toque
Que na tecla eu tinha antes
Aquelas linhas bilaterais
De que tanto falei nas comunas
Nos blogs e sites de meus iguais
Estão sob o manto de águas escuras
Pérolas que tanto fraseei
Com um ego inflado em assinatura
Não sei quando fracassei
Mas a ti relato, com absoluta lisura
Decimar Biagini
Cântico ao Cacique da Paz
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Cântico ao Cacique da Paz
Nas rodas do tempo
o menino escutava
voz de ancião
que o vento levava
Guardava no peito
semente e oração
pisava a ter...
Há 12 horas
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