No mar azul a ilusão fez-se em pedaços
Jogados na rebentação de correntezas
Pedaços de ilusão dispersos nas profundezas
Em que as algas mantiveram os poemas escassos
Pelo sangue derramado, fez-se o mar vermelho
E da morbidez do enfarado poeta o mar morto
Do poema declamado, a ilusão de um espelho
E dos pedaços dilacerados, a desconstrução do gosto
Perdeu-se então o encanto pelo mar
E pela inquietude larga que se fizera a poesia
O poema ali não quis mais velejar
Quiçá nas profundezas ressurja a alegria
De quem um dia teve paixão pelo versar
Enquanto isso, só a maresia, e o imenso pesar
Decimar Biagini
Capitania do Saber, memórias da biblioteca
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Outro dia, no silêncio digital de um PDF aberto na tela fria do meu
celular, me bateu uma saudade funda, quase doída, da biblioteca da minha
adolescência —...
Há um dia
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