No mar azul a ilusão fez-se em pedaços
Jogados na rebentação de correntezas
Pedaços de ilusão dispersos nas profundezas
Em que as algas mantiveram os poemas escassos
Pelo sangue derramado, fez-se o mar vermelho
E da morbidez do enfarado poeta o mar morto
Do poema declamado, a ilusão de um espelho
E dos pedaços dilacerados, a desconstrução do gosto
Perdeu-se então o encanto pelo mar
E pela inquietude larga que se fizera a poesia
O poema ali não quis mais velejar
Quiçá nas profundezas ressurja a alegria
De quem um dia teve paixão pelo versar
Enquanto isso, só a maresia, e o imenso pesar
Decimar Biagini
Segunda Serenada
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Segunda Serenada
Penso que o dia soberano
É aquele da missão vivida
Sem um ritual tão arcano
Numa simplicidade obtida
Um silêncio nada insano
Um recanto p...
Há 8 horas
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