Peregrino por linhas versadas
Feitas e desfeitas como sonho
E no vazio dessas caminhadas
Somente a leitura é o que proponho
As vezes a vista latejante e cansada
Percorre poemas, como folhas de outono
Wasil, FT, Igor, Drumond e Dhenova
Então me identifico como se fosse dono
Sedento de mútua troca de existência
Observo Lena, Vênus, Helenice e Dalmo
Além da professora Juleni e sua experiência
E então me deito, ao ler Celso me acalmo
Nos Andrés e seus invernos existenciais
Rilho os dentes como na leitura do salmo
Fulvos raios, amplos e serenos mananciais
Que encontrei na comuna balcão e nop
Se desse olhar lúgubre e profundo
Alguma coisa colher e semear como mote
Sairei insano e sem vaidade desse mundo
E então poderei ter um eternizar pós-morte
Talvez eu ofenda o desejo de outros
Não é desprezo, e sim falta de memória
Leio todos, dos mais simples aos mais doutos
Pois o que prezo no poeta é a sua história
Decimar Biagini
Capitania do Saber, memórias da biblioteca
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Outro dia, no silêncio digital de um PDF aberto na tela fria do meu
celular, me bateu uma saudade funda, quase doída, da biblioteca da minha
adolescência —...
Há um dia
2 comentários:
Sempre a homenagem mais bela... tu és especial, meu amigo, inspirador nato, irmão de letras, companheiro de abrigo... teus versos sempre emocionam... a poetisa que um dia viveu em mim agradece muito... e embora o orkut não mais me pertença, os amigos verdadeiros estou levando aqui, dentro do peito, mesmo que em silêncio...
fica o convite
http://aiunes.blogspot.com/
beijo grande, querido.
Encantado fico...
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