Um menino criado
Na estância Santo Antônio
Recebeu um legado
Pois faleceu seu avô no outono
Segurou firme
A barra de tocar sozinho
Na pastagem sublime
Cheia de gado e passarinho
A vida lhe fez um crime
De tirar-lhe o seu vozinho
Lançou-se então na encilha
Apertou a xinxa
E jogou o xergão em cima
Gritou nao te mixa
Pois a maturidade se aproxima
Minha alma é gaúcha
Meu avô se foi, mas a vida ensina
Lembrando dos dizeres
De seu esteio da querência
Segure firme os afazeres
Que chorar é para criança
E homem não chora
Já dizia seu vô na estância
Pega o pingo e toca embora
Que morreu a tua infância
Decimar Biagini
Cântico ao Cacique da Paz
-
Cântico ao Cacique da Paz
Nas rodas do tempo
o menino escutava
voz de ancião
que o vento levava
Guardava no peito
semente e oração
pisava a ter...
Há 2 horas
Nenhum comentário:
Postar um comentário