Tudo que eu pedi e ambicionei
Registrei em poesia e soneto
Ou na trova que improvisei
Desde o fogo do primeiro beijo
Até o sonho de ser amigo do rei
O poeta é altivo pecador sereno
Que quando não relata inventa
O leitor degusta o copo de veneno
Em cada rima que ele experimenta
Na sonoridade de um recital
Ou nas lágrimas de um pajador
Linhos revolvidos no surreal
Na febre das páginas do amor
Na languidez do abraço poético
Nos dedos e olhos do escandir
Tudo que eu desejei foi profético
Até na despretensão do meu sentir
Agora vou embora deste plano
Deixarei de sonhar o que não vejo
E de relatar este mundo de engano
E tua leitura será meu último desejo
Daí irei descansar no eterno sono
Decimar Biagini
Oremos sem pressa
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O Divino É Paciente
Por vezes estamos parados
Tentando preencher algo
Passamos por maus bucados
Tudo parece confuso e vago
A pressa nos torna papagaios
Re...
Há 6 horas
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