Certa feita um professor
De nobre vocabulário
Ensinou-me a ser redator
Em meu primeiro peticionário
Voz rouca, de tanta sabedoria
Entalada na garganta sedenta
Por ensinar aos de sua categoria
E a classe toda tão atenta
A copiar inclinada na escrivaninha
Ele dizia: - “Não copiem
Pensem no que vão escrever
Deixem que as idéias os contagiem
E depois reflitam no que vou lhes dizer
O advogado para ser bom
Não precisa de modelos”
Disse isso em alto e bom tom
Em proféticos desvelos
Ontem soube da morte do Mestre
A desencarnação é dura de reconhecermos
Mas o que ele plantou virou Cipreste
De sua dedicação e lisura sempre lembraremos
Decimar da Silveira Biagini
• Ao sempre lembrado professor da Cátedra de Processo Civil
e do Núcleo de Prática Jurídica na Unicruz, Erineu Lauro Vargas.
Capitania do Saber, memórias da biblioteca
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Outro dia, no silêncio digital de um PDF aberto na tela fria do meu
celular, me bateu uma saudade funda, quase doída, da biblioteca da minha
adolescência —...
Há um dia
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