DECIMAR BIAGINI

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Advogado e Poeta Cruzaltense

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sábado, 25 de abril de 2009

Poema ao Aborto Casuístico


Tenho percebido de forma freqüente
Que a vida não encerra em si mesma
Observo o sofrimento de um doente
Vejo a vida e seu valor incontrastável
Como se a dor cessasse logo em frente
Ao dar esperança, sinto-me responsável

Mas como perceber a grande diferença
Entre estar vivo, no sentido biológico
Ou esperar nova vida, em plena crença?

Ao passo que uns abusam da própria sorte
Outros se tornam invencíveis, perante a morte
Assim, ainda que eu admita temer o inócuo
Vendo um enfermo, em seu lugar me coloco

Não se pode frustrar a busca da liberdade
Tal perspectiva não pode ser consentida
O direito de persegui-la é puro de verdade
Perguntem ao feto se optaria pela vida
E a resposta virá de seu coração

Jamais diga: - Ele irá sofrer!
A sorte dele, é pura indefinição
Pois crianças jogadas no lixo, podem crescer
Não cabe a você matar uma projeção
Pois o futuro será melhor para quem nele crer
Uma criança morta, é a morte da nação

Decimar Biagini, 25 de abril de 2009

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