
Eu voltei para dizer:
Que o poeta sempre volta
A estrada foi longa para mim
Lutei sem nenhuma escolta
Achei que seria meu fim
Chega a hora que a vida nos cobra
Qual caminho devemos seguir
O poeta deve continuar sua obra
Para que o homem relate seu sentir
Fui-me embora mas voltei comigo
Algumas luzes apagaram-se em meu caminho
Tateando na escuridão do inimigo
Agreguei mais uma experiência em meu pergaminho
A lua desceu ciumenta roubando o sereno
Na paixão e no desejo quase perdi o meu reino
Lua, madrinha das sussurras e dos perigos
Por que fizeste me afastar de meus amigos
Bom poema, é teu filho cansado que volta
Feito poeta pródigo após luta e revolta
Sei que as lutas que travei foram internas
Mas agora estou eu retornando das cavernas
Enquanto a tarde não se finda
Esperarei pela noite
E esta será bem vinda
O choro fino que caia
Aprumado em novo sorrir
Mostra a vida e sua ironia
De quem levanta após cair
Decimar Biagini, 21 de março de 2009
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