Passou um cavalo encilhado
Não pensei nem duas vezes
Nunca o havia montado
Mas já o buscava a meses
Firme com o pé no estribo
Em paz, percorro colinas
No lombo do cavalo amigo
Galopando sobre rimas
Repontando minha alma
Que andava desgarrada
Sem assustar a danada
Escondo o laço com calma
Sem sofrenar os anseios
Junto ela na xinxa
Por não ter outros meios
Digo: - "Cavalo não te mixa"
Então apeio e tiro os arreios
Solto o bichano servidor
Pois a missão já foi cumprida
Resgatei a alma com louvor
Sigo de novo, feliz da vida
Pois quem tem alma tem sabor
Faz dela sua guarida
Curado de toda dor
Decimar Biagini, 7 de março de 2009
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