DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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segunda-feira, 19 de julho de 2010

O CUME DO EDIFÍCIO



Lá fora um pássaro


Convidando ao poeta


A ostentar o lábaro


Em sua janela aberta



Porém, as paredes


Cada vez mais sufocantes


Me jogam na rede


Em conexões frustrantes


O cpu, sim o culpado



Responsável pelo preencher


Do sentimento esvaziado


E o tempo, sem perceber


Foi pensamento encerrado



Decimar Biagini

O POEMA QUE HOJE SOU




Um mero trato sucessivo
De palavras literárias
Aglomerado dispersivo
Nessas lavras libertárias

Semeador de sentimentos
Trovador de pobres rimas
Sou escritor de momentos
Relator dos nobres livros

Re-leitor de almas cultas
Simplificador do complexo
Opositor de sanguessugas
Cujo fervor deixa perplexo
Até mesmo o leitor de rugas

Sou a alma envelhecida
Na cambiante evolução
E na minha obra querida
Uma errante contradição

Sou o poema semântico
Sou o leme do leitor
Ora o poeta romântico
Ora chibata do feitor

Decimar Biagini


sábado, 17 de julho de 2010

VAZAMENTO NO GOLFO DO MÉXICO - ESSE MAR É NOSSO




Um tenso período de espera
O óleo derrama e chora a terra
E o tal do Obama se desespera
A cada semana vai-se uma quimera

Cada tonelada derramada é um eleitor
E cada litro é um cardume que finda
Um pássaro que não reaverá sua cor
E um grito de esperança na ida e na vinda

A empresa British Petroleum e seu terror
Ultrapassou os efeitos de Osama e Alkaida
Com certeza é triste o podium do horror
Mortes que se repercutirão sem outra saída
Afinal, já faz três meses de vaza nosso temor

Decimar Biagini

DILEMA DE INVERNIA






Sim, por ora vou escrever algo
no Balcão de Poemas
Vai que alguém corre feito galgo
e responde meus dilemas

Tenho que escolher
Entre o orvalho congelado
E o gosto por escrever
Entre o fogão carregado
Com lenha a me aquecer

Entre o preparo do mate
E a espera da prenda
Entre o frio lá no meu catre
E a poesia da senda

Entre a paixão pelo leitor
E pela obra jogada na net
Entre a vida e seu sabor
E a manobra na minha sede

E aí? O que vamos escrever hoje?


Decimar Biagini

sexta-feira, 16 de julho de 2010

AS FRALDAS DO BRASIL


“Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão”.
(Atribuído a Eça de Queirós, 1845-1900)




Eu caguei tudo


Disse o velho eleitor senil


Que absurdo


Fundei as fraldas Brasil


Tratei o voto como jogo de loto


garanti a cadeiraao candidato escroto


foi a maior caganeira


que encheu o esgoto


Agora vou ter que usá-las


Em um espasmo doentio


O Senado vai adorá-las


Têm espaço para mais de mil



Decimar Biagini e Wasil Sacharuk



quinta-feira, 15 de julho de 2010

Rascunhos da Alma

Não tenho tempo
para discutir
alternativas

Já dizia o pensamento
em ansioso iludir
de ansiedade dispersiva

E assim passaram-se
anos de vida em vão
com decisões erradas
e o poeta em contradição
foi emitindo rascunhos
em escrituras equivocadas

Vamos nessa,
o que devemos vencer...
tantas linhas de sua alma
Difícil não perceber
Que o céu é a promessa
ruim demais
ao ponto de não querer
morrer

Decimar Biagini

sábado, 10 de julho de 2010

ANTES DE VOCÊ




Não me sentia bem
Para dizer quero isso
Ou preciso disso também
Não havia pensado nisso

Minha auto-imagem
Era totalmente imprecisa
Embora com bagagem
Viajava de forma indecisa

Aceitava tudo o que acontecia
Sem sequer tomar qualquer partido
O que conquistava não merecia
Passava os dias sem os ter vivido

Em resumo, não sabia quem eu era
Como resultado, não me firmava
Verão, inverno, outono, primavera
Sentia-me cansado, e o tempo passava

Achava que o amor dependia da felicidade
Hoje descobri que é mais simples que isso
Lembrava da dor que sentia mas não era de verdade
Hoje percebi que ver requintes no amor é cediço

É preciso sofrer, ter ciúme, esperar, torcer, e sonhar
Mesmo sem querer, o amor é vaga-lume, é sorrir, é chorar

Decimar Biagini

quinta-feira, 8 de julho de 2010

ALMA URBANA E INFELIZ

Cala-te, angústia miserável
Cuja dor incessante ressoa
Meu estado de saúde deplorável
Que torna bicho qualquer pessoa

Fazendo-me mera embalagem retornável
Se antes me liberta-se em vida a toa
Mas não, a guerra é parece mesmo infindável
O horizonte que liberta é a poesia boa

Trabalho todo dia, com dor de cabeça
A sala me asfixia, antes que a lua apareça
Então, no final do dia, corro com pressa
Enfrento o trânsito em agonia, e vou nessa

Minha nuca, cada vez mais pesada
Lateja juntamente com as têmporas
E na rua, vejo gente mais estressada
No sinal, vendem balas e amêndoas
Em frustração latente de alma cansada
Já não se vê um jardim com calêndulas
Só asfalto quente, daqui até minha morada

Decimar Biagini

segunda-feira, 5 de julho de 2010

HOMEM DE MEIAS PALAVRAS


Manjado por todos
Em um jeito arredio
Despojado em engodos
O perfeito doentio

Um ser cujo olhar
Mais parece o do graxaim
Difícil não notar
Rouba de você e de mim

Um Mestre nada silencioso
Em retórica dita sem sentir
Num ciclo mais que vicioso
Suas razões para não agir
O fizeram um ser ardiloso

Estas situações voltadas
Constantemente sobre si
Ao ego tornam-se devotadas
E rapidamente torna a mentir

Mente muito para si mesmo
E ganha votos de incautos
Sanguessuga de almas a esmo
Em manha de muitos saltos

Sua energia é dinâmica
Depende de intenções eleitoreiras
Como vaso em cerâmica
Surpreende em modulações traiçoeiras

Decimar Biagini

domingo, 4 de julho de 2010

RELEITURA DO AMOR






O amor não é uma força de vontade
É a conduta mental desprovida de repreensão
O amor não é uma forca de vaidade
É focalizar o fora de foco em nova direção


Decimar Biagini

OUTRA DIMENSÃO




O corpo físico
E o mundo material
Meu eu metafísico
Escreve no surreal

Meus pensamentos
Criam realidade
E o meu tempo
Contado pela metade

Os aspectos mais importantes
Para tentar conquistar motivação
Meus atos são mera vontade
De transmutar de dimensão

Minha capacidade de identificar
Medos, fraquezas, superstições
São poemas de verdade a ficar
Nos leitores e suas interpretações

Aprenda com seus erros
Deixe os do Poeta aos treinados
Atitude de meus desvelos
A construir em versos meus reinados

Além da sua percepção
Conto com a leitura que queima
Pois quem lê com o coração
Absorve a cultura serena

Decimar Biagini

A LEI SECA E AS ALTERNATIVAS


A LEI SECA E AS ALTERNATIVAS



Puta que pariu! Pisa no freio zé!
Já dizia aquela música do barnabé

O Zé, não te aperta
e breca essa condução
é melhor a lesma lerda
do que bancar avião
a porta está aberta
para outra dimensão

Enquanto tomo cerveja alguém morre
Pelo menos estou em casa, sem risco
Quanto aos demais, a SAMU socorre
Andar de carro, que nada, ando arisco

Não tomo chá de sumiço
não sou feito de fumaça
prefiro ficar no enguiço
beijando a minha cachaça
morrer não é meu ofício
e a vida não é de graça

Não preciso curtir sertaneja só pelo social
Nem comer ovo em conserva por falta de opção
Fico aqui, no que assim seja, não faz mal
Faço poema novo, sem reserva, em libertação
E pelo que vi, minha cerveja, é companhia real
O verso que louvo, logo leva, à outra dimensão
Num scrap que li, que o leitor veja, a poesia virtual

Puta que pariu! Pisa no freio zé!
Já dizia aquela música do barnabé
Em casa não perco dinheiro, sabe "comé"
Daqui até o banheiro, o trajeto é à pé

Decimar Biagini e Wasil Sacharuk

sábado, 3 de julho de 2010

O PRAZER DE VER E JOGAR FUTEBOL

A seleção de Dunga nunca convenceu
De que vale jogar para dizer que venceu

Sem ter o prazer da arte do improviso
Onde não existe perdedor ou vencedor
Tentei esquecer, mas nem mesmo isso
Me fez apagar o garrincha driblador

A forma como Ronaldinho batia falta
Ou as arrancadas de Ronaldo fenômeno
Sou um simples poeta de Cruz Alta
Perto de Érico Veríssimo sou anônimo

Mas via poesia no futebol de antanho
E a descrevia com os olhos de um menino
Hoje vejo um técnico teimoso e medonho
Que nasceu em Ijuí, meu rival vizinho

Decerto dizer que ele é colorado e burro
Mas mesmo assim, fico triste pelo Brasil
Pois de que vale bater bola contra o muro
E o muro ser a nação triste com seu curto pavio

Caiu, para mim, o gosto pelo futebol
Prefiro a música, o poema, a pintura, a morena
Observem que para estas sempre há sol
Na arte não há perdedor, o prazer entra em cena

Decimar Biagini

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O BLOG do http://cruzaltino.blogspot.com

Achei esta tira de bom tom
Cruzaltino é fantástico
Digo isso em alto e bom som
O casal é mesmo fodástico

Decerto que jornais locais
Não valorizam talentos assim
Mas para internet tanto faz
Chegam aos lares como querubim

A nova revolução semântica
Em que pese a ruptura com o óbvio
É melhor que física quântica
É somar Henrique com Greice em ópio

Este vício pela próxima história
Da aventura do Cruzaltino cartoon
É uma espera de tarefa inglória
Como para o pirata necessário o run

E lá, nos entorpeceremos....


Decimar Biagini

SELEÇÃO DE VOLANTES (DUNGUISMO)

A vitória da Holanda foi um mote
Com crônica para o Dunga
Nossa seleção não era forte
Como a cana de pirassununga

Já não temos bebuns habilidosos
Como Garrincha e Ronaldinho Gaúcho
Já se foram os dias gloriosos
Em que tinhamos Ronaldo Gorducho

O Imperador nos deixou na mão
Perdeu para si mesmo na não convocação
A nossa dor é a angústia da nação
Tendo que torcer agora pra outra seleção

Decimar Biagini

Qual tema nos poemas mais te atrai?