Não são estruturas planos nem sistemas
Que despertam a luz do Eterno Rei
Mas corações que oram entre dilemas
Com fé que inflama o chão por onde andei
O homem vil não nasce num relâmpago
Mas cede aos poucos frágil na intenção
A alma afunda em erosão sem ângulo
Sem princípios perde a direção
Três chaves deixo ao tempo que perscruto
Pensar no Alto e não com mente vã
Buscar a Fonte e não qualquer escuta
E ao ver ruínas ser mudança sã
Pois mais que ritos Deus quer homens vivos
Firmes no fogo em passos reflexivos
Pelo crivo do fogo com discernimento
Quem ora vê além da superfície
E sente o peso oculto da erosão
Discernir é mais nobre que ser hábil
É crer na cruz e não na convenção
A fé não cabe em moldes corporativos
Nem floresce em conselhos do mercado
Evangelho é mapa vivo aos peregrinos
E o joelho altar santo e consagrado
Que tu irmão prossigas nessa estrada
Guardando o sal sem medo da verdade
Pois mesmo a fé provada e maltratada
É luz que vinga em meio à tempestade
Segue com Cristo mesmo em chão ardente
Teu verbo é chama viva resistente
Na Cruz Alta-RS, aos 22 de maio de 2025
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