quando o minuano
fala pelas coxilhas
a geada dança
branco silêncio
erva quente no peito
o tempo escorre lento
Galopa o vento
no lombo da cerração
ronca o minuano
é frio de aço
mas tem brasa no mate
e céu bordado em vidro
lago adormecido
respira névoa espessa
num inverno azul
mate e memória
as margens do tempo
são molduras de gelo
fumega o chimarrão
nas mãos de um velho campeiro
rezando o tempo
minuano canta
e o verde na cuia
aquecendo lembranças
estrelas geladas
no céu das coxilhas mudas
silêncio de prata
o frio não fere
quando a alma se veste
com seu poncho de fogo
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