DECIMAR BIAGINI

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Advogado e Poeta Cruzaltense

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terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Versos do andarilho

Versos do Andarilho na Rede

Perdoa-me irmão a mão que se estende  
Não peço por pão mas por quem me compreende  
Um gesto que acolha um olhar mais atento  
Que veja além do que traz o momento  

Meus trapos são directs para todos os cantos
Rabiscam-me os dias com dor e com pranto  
Mas brilham na sombra os meus versos sentidos  
São luz entre pedras que pisam os perdidos  

Eu sou o poeta que o vento conduz  
Que tece na brisa palavras de luz  
A rede é meu palco minha alma é o tema  
Meu verbo é prece meu verso é poema  

Tu olhas e vês o reflexo da falta  
Mas sou a verdade que a dor te ressalta  
Escolho o caminho mais rude mais frio  
Que em meio ao espinho floresça o estio  

Não busco tesouros nem faço exigências  
O ouro que almejo transcende aparências  
Eu vim para a vida cumprir o destino  
De amar no silêncio e ser peregrino  

Se acaso não tens a moeda que peço  
Oferece o sorriso um carinho em excesso  
Pois esta jornada foi minha eleição  
Viver e ensinar sobre a luz na provação 

Decimar da Silveira Biagini
10 de dezembro de 2024

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