Vejo mais robôs se humanizando
Um tal de Ai-da
andou versando e até pintando
Leu Dante Alighieri
E com seus algoritmos
Humana poesia ele sugere
Enganou até os críticos
Estamos cada vez mais robotizados
Mas ainda usamos velas
Para homenagear antepassados
Quem faz poesia
Não precisa reinventar a roda
Leva de cortesia
Uma verve que não sai de moda
Ainda temos intuição
Cada vez mais aguçada
Quase uma pluri dimensão
Ancestralidade conectada
Não tem algoritmo
Que copie nossa imperfeição
Nela está o ritmo
O sorriso de Deus na criação
Experiências humanas
têm outro nível de complexidade
e quanto mais insanas
Mais cheias de liberdade
Incapazes de serem substituídas
em criativa profundidade
as máquinas serão destruídas
quando vencermos nossa vaidade
Decimar Biagini
2 de julho de 2022
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