Nós, Deus e o Universo
Com bela profusão
galáctica e refinada
infinita imaginação
faz de nós quase nada
Mas na mesma imersão
Com amor e energia
Transcender de dimensão
Surge a Divina maestria
Um meticuloso detalhe
Em cada poeira cósmica
Não há poeta que cale
Nessa engenhosa dinâmica
Um raio solar já basta
Para dar vida e alquimia
na magia protoplasmática
Um novo telescópio*
Apresenta nova escala
de grandeza inimaginável
Mas Deus ainda se cala
Nos vemos numa estrela
medíocre, perdida ramificação distante
de uma galáxia espiralada
um sopro insignificante
ordem planetária minorada
Ciência humana, quem diria
Continua sôfrega, asmática
Vivendo sem Deus, tão fria
Ele ri, da pedante lástima
Pois O procuraram lá fora
Sem O sentir na própria lágrima
Decimar Biagini
24 de julho de 2022
*James Webb, o maior telescópio do mundo, tem a homérica missão de mostrar as primeiras estrelas a iluminar o universo.
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