DECIMAR BIAGINI

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Advogado e Poeta Cruzaltense

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sábado, 3 de setembro de 2011

MALA SUERTE

O cara acordou
meio azarado,
ao comprar pão,
foi assaltado.

Não estava acostumado
Com a rotina do Brasileiro
Pelo ladrão foi logo sacado
Como sendo um estrangeiro

Voltou para casa
meio assustado,
o carro enguiçou,
queria dar queixa ao delegado
chamou um mecânico,
o cambio havia ajustado
mas o freio estava falhando

Indo para a delegacia
meio apressado
atropelou uma Azulzinha*
em cima da faixa de pedestre.
Bem azarado
Já não adiantava nem prece
Foi preso por omissão de socorro
E quando trancafiado
Com um cara
do tamanho de um cipreste
Reconheceu ser o mesmo
que o havia roubado
Não havia juiz na vara
com um azar da peste
Sequer teve advogado
A menos que o ladrão lhe empreste
Não teria qualquer trocado
E para completar o tribulado teste
Chegou um estuprador
Que lhe olhava com agrado
Veio o carcereiro cretino
E lhe deu um recado
Escuta aqui o argentino
Teu passaporte tá expirado


Decimar Biagini

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