DECIMAR BIAGINI

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Advogado e Poeta Cruzaltense

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sábado, 3 de setembro de 2011

CHASQUE

CHASQUE DOMINICAL

Voa nesta poesia
Cortando os pagos
Pois tua parceria
É honra sábio mago

Já larguei da rebeldia
depois de uns tragos
comecei cedo do dia
que o domingo é vago

A friagem entra na noite
Arrepia até o candeeiro
O zinco já aponta um corte
Só o poema de companheiro

A TV só fala em morte
e político traiçoeiro
a rodada dos esportes
e jeitinho brasileiro

Talvez eu tenha sorte
De trocar versos com o parceiro
São Lourenço lá no sul do potreiro
E Cruz Alta quase rumo ao norte
O vento minuano chega matreiro
Enquanto o potro relincha sem sorte

E decerto o amigo vate
pajador de verso ligeiro
vai passar o domingo faceiro
com vinho, costela e mate
pois é um poeta altaneiro
do mais bagual dos quilates

Durante a manhã, no costado da casa
Caiu um passarinho, morto pela geada
Enquanto o poeta almejava ter sua asa
O ser livre morria na fria madrugada

Essa vida algoz tanto cria quanto mata
vivente saido do ninho e caido na vala
poeta não é imune igual diplomata
carrega uma rima na cueca e na mala

No silêncio de um pensamento
Cerro idéias puras e nítidas de amizade
Agradeço ao amigo pelo intento
De replicar tal poesia com sinceridade

Que o pensamento seja o momento
de traduzir nossa cumplicidade
com estrofes cruzadas no vento
e hermana certeza de continuidade.

Decimar Biagini & Wasil Sacharuk



POR QUE SUMISTES WASIL?

Sempre que posso
No galope da vida
Torço o pescoço
Para espiar tua lida

Vou conversar contigo
Nessa ferramenta bendita
Te considero meu amigo
Não me abandones na escrita

Tua verve me ensinou
A afiar a daga em pedra grossa
O fio no dedo me cortou
Para selar nossa poesia honrosa

Fomos irmãos das letras
Me chatea teu sumiço
Mamamos nas mesmas tetas
Agora nem mesmo isso

Vai cortando um raminho
De um pastinho da tua terra
Para explicar com carinho
Pois a saudade é maleva

Decimar Biagini

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