Esta febre,
que determinei de gripe poética,
foi casebre, de virtualizada dialética.
Que se quebre,
quem foi rei nessa hermética.
Virei plebe, hostilizado em leitura cética.
Parcas linhas
Com subterfúgio de rimas
Divagações minhas
Com recurso lúdico de limas.
Tanto limei as arestas do meu destino
Que de poeta virei mero trovador.
Tanto joguei com o frio em meu intestino.
Que termino esse poema sem fervor.
Talvez alguma interpretação consolativa
Ou a confissão de outro poeta vencido pelo desânimo.
A verve é mesmo assim, nada explicativa.
E o coração absorto se projeta convencido por um anônimo:
- O leitor!
Decimar Biagini
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