Nunca haverá o eterno encanto
onde há sorriso já houve pranto
Na sinfonia do triste abandono
Haverá um dia sem cetro, sem trono
Se te deixaram, olhe para ti
Cuida-te e trate teu ego
Se te trairam, largue o apego
Sei que dói, não nego
Mas não há o que refazeres ali
E se foste tu quem te traíste e te foste
Rege a tua escolha e tormento
pois estar só é a exatidão do momento
que também é de abrigo e fortaleza
Sempre haverá um novo canto
um novo susto e um novo engano
e o necessário assombro da redescoberta,
na partilha que restaura o acalanto
Quando as distâncias não se medem
e os caminhos não se cruzam
Volver as cinzas, no próprio borralho
Entre crises, é o melhor atalho
enquanto a vida segue sua rota aberta
Decimar Biagini e Luciana Del Nero
Capitania do Saber, memórias da biblioteca
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Outro dia, no silêncio digital de um PDF aberto na tela fria do meu
celular, me bateu uma saudade funda, quase doída, da biblioteca da minha
adolescência —...
Há um dia
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