Ficar aqui, vendo a vida passar
Sem poder sorrir, sem poder amar
Ser injustiçado sem ver o juiz
Ser condenado à saudade da Morena
Ser rotulado como poeta infeliz
Vendo minha alma fugir com o poema
Quero sair desse escritório
Largar a gravata pelo boeiro
Deixar de advogar em velório
Bancando ser um rapaz ordeiro
Ficar aqui, vendo a vida passar
Sem poder sorrir, sem poder amar
Me espera em casa Musa
Que o leão está chegando na selva
Veste aquela linda blusa
Que o coração está se libertando da treva
Decimar Biagini
Capitania do Saber, memórias da biblioteca
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Outro dia, no silêncio digital de um PDF aberto na tela fria do meu
celular, me bateu uma saudade funda, quase doída, da biblioteca da minha
adolescência —...
Há um dia
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