Escutei de relancina
Um tilitar dos freios
Ouvia-se lá da esquina
Berros dos mais feios
A mulher me mandou levantar
Disse pega da garrucha
E não esquece de desenferrujar
Assim fui na esquina gaúcha
E vi motoboy com uma china brigar
De um lado o Ricardão da Penha
Segurando o braço da disputada
Logo pensei em por no fogo mais lenha
Fui separando o guapo na adaga
Puxei da garrucha e disse então venha
Ou te furo ou te queimo, tu me paga
A chinoca correu para os braços do amado
Qual deles? Você deve estar perguntando
O da motoca, pois era o que tinha mais trocado
E o outro ficou ali no chão chorando
Perguntei então ao infeliz o nome da prenda
Falou que era Maria, e que moravam na penha
Disse, teve sorte, pode ser que aprenda
Que aquilo dava sangria tipo teta rachada na ordenha
Em resumo, voltei para casa com corujas de plantão
A vizinhança de olhos estalados de butuca
Puxei um fumo até apagar a brasa e a garrucha foi para o lixão
Decimar Biagini
Segunda Serenada
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Segunda Serenada
Penso que o dia soberano
É aquele da missão vivida
Sem um ritual tão arcano
Numa simplicidade obtida
Um silêncio nada insano
Um recanto p...
Há 21 horas
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