Não faz dez segundos
Em que li estes motes
São signos profundos
Embora poucos notem
Por culpa da memória
Colei-os lá no fundo
Para escrever estória
Sem falar algo absurdo
A caneta já teve glória
O teclado é o novo mundo
A fixação é escrita uxória
Na bidimensional tela de fundo
Nesta tela azul claro serena
Vago comunas e me afundo
Minha alma se torna amena
Na gentileza de um poema mudo
Eis que então saio de cena
Revelando meu eu profundo
A internet torna-se pequena
Perto daquele antigo canudo
Que retratava a alma terrena
Em um pergaminho que dizia tudo
Inclusive o perfume da alfazema
Para quem persegue ideais recluso
Decimar Biagini
Capitania do Saber, memórias da biblioteca
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Outro dia, no silêncio digital de um PDF aberto na tela fria do meu
celular, me bateu uma saudade funda, quase doída, da biblioteca da minha
adolescência —...
Há um dia
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