A MUSA E SUAS RIQUEZAS
Zelosa com seu tesouro
Guardiã de muitos segredos
Pensava a Musa de ouro
Lutando contra seus medos
Longo e cálido era o domingo
Todo o oceano em descoberta
Em sua intrépida nau ia fugindo
Sem tripulação, no leme em alerta
Princesa de um mundo de poemas
De fantasias, poesias e declamações
Alforriava-se das antigas algemas
De um passado de tantas decepções
Em busca de águas mais amenas
Lançou-se mar adentro, em projeções
Uma alma sedenta de desejos reprimidos
De sonhos quase sucumbidos, mas adormecidos
Encontrou então um poeta naquele novo mar
Seguiram caminho, aos cuidados do verbo amar
Decimar Biagini riquezas
COISAS DE QUEM FAZ POEMAS
Todo poema é a alma que o lapida
O meu é intimista, em forma de relato
Minha atitude ingênua me intimida
Por vezes me vejo em alto-retrato
No registro dos dias, no amor pelo fato
Divulgando alegria, ou revelando-me um chato
Por certo que o poema é meu espelho
A cada dia que passa, mais me assemelho
Tem dia que agradeço aos leitores de joelho
Tem dia que mudo o endereço, me torno pentelho
Mas fazer o que, poeta é um pouco bipolar
Por ora ama por amar, por ora ama para rimar
Decimar Biagini
Segunda Serenada
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Segunda Serenada
Penso que o dia soberano
É aquele da missão vivida
Sem um ritual tão arcano
Numa simplicidade obtida
Um silêncio nada insano
Um recanto p...
Há um dia
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