Noite cerrada, o mate ficou lavado
Sono que nada, estou só cansado
A musa afastada, onde terá andado
Perturba-me a mudez da casa vazia
A noite fogia, enquanto versos fazia
Vejo-te bela, Musa do sorver da saudade
Quero-te na cela, mas prender é vaidade
É horrível, e feroz o curso do tic tac
Inadmissível, viver só, vou ter um ataque
Então fico aqui a esperar o amanhã
Já fazem três dias, sequer vi teu brilho
Quem sabe te veja, no sol da manhã
Ou então nessa lua, enquanto esmerilho
Um poema...
*Decimar Biagini
Nenhum comentário:
Postar um comentário