Se por acaso souberes ler
Creio que também lerás
Se souberes criticas fazer
Alguém também te criticará
Passe teus olhos com insolência
Ou com medo de uma réplica
Quem se atreve sem demência
Ganhará respeito na tréplica
Não quero gente de pouca fé
Tampouco pobre em vocábulos
Respeito até mesmo o barnabé
Desde que escreva nos estábulos
Mas quem alimentasse lá, burro é
Vim aqui falar de torpezas
De vícios de linguagem
De falsos poetas sem proezas
Que copiam e colam camuflagens
Não uso dicionário de rimas
Tampouco corrijo o que escrevo
Viro versos, como viro as esquinas
Sem enxergar o adjacente relevo
Escrevo para sentir adrenalina
Quando não sentir mais não serei eu
Deslizo na tela como em parafina
Sou fruto daquilo que o improviso teceu
Decimar Biagini
Nenhum comentário:
Postar um comentário