Não sei bem qual é a cor do preconceito
Inicialmente devemos admiti-lo com jeito
E tendo jeito, seremos preconceituosos
Eu admito que tenho alguns, pavorosos
Por exemplo, com quem, sem ocupação
Ao invés de trabalhar, vê sessão da tarde
Sentado vê a vida passar naquela sessão
Enquanto isso, eu o recrimino com alarde
Mas daí, ele tem direito à réplica, evidente
Poderá dizer que eu faço poemas de tarde
Seria então uma desocupação diferente?
Vê-se que dependendo da visão a crítica arde
Então seguimos no mesmo paradigma
Não se quebra nem esse padrão
Muito menos existe uma crítica digna
O preconceito vira questão de observação
Então que siga vendo filmes na tv
Enquanto eu sigo com os poemas
Cada preconceito com sua cor, como se vê
E é claro, cada um com seus problemas
Decimar Biagini
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